sexta-feira, novembro 23, 2007

Fragilidade(s)...

Réptil o grito
E o movimento rubro.
Ergue-se o gesto. De nada
Sobre o berço...

O corpo preso. Ainda.
E o rumor mudo. Da língua
Contra o muro...

Teimosa a vida
Que apenas a lágrima
Humaniza. E o riso...

António.


a partilha de uma terna fragilidade. com votos de bom fim de semana...

32 comentários:

Maria disse...

... a ternura da tua partilha...
Bom fim-de-semana
Abraço

Isamar disse...

E venho partilhar contigo a terna fragilidade que deixas transparecer. Com muito gosto!

Beijinhossssssss


Bom fim de semana!

Isamar disse...

És o autor do poema?
Gostei muito.
Beijinhosss

Maria Laura disse...

Uma fragilidade plena de ternura. E do olhar de quem sabe o que a vida espera de uma criança. E de qualquer outra idade. Bom fim de semana

MS disse...

Uma terna mas eterna doçura que sabe bem receber!

Vim agradecer sensibilizada teu olhar poisado em ‘fragmentos’!

Lamento ter demorado tanto… mas a vida profissional não me deu/dá tréguas ao longo da semana :(

Terno fim-de-semana!
Um beijo

foryou disse...

Posso pedir-lhe o favor de espreitar o mail?
Grazie

isabel mendes ferreira disse...

frágil



frágil




frágil.




como a vida. como tudo. como a vóz.


frágil mas denso forte vibrante


todo o incêndio.


bom fim de semana.

SILÊNCIO CULPADO disse...

A eterna fragilidade pode ser uma força.
Lindo!...

Kalinka disse...

OLÁ
Volto a visitá-lo
tenho-o feito em silêncio
porque o negro me enche o peito,
Nos meus olhos as lágrimas apago...
Anseio por um pouco de respeito
Quem me conhece...
já me viu sorridente,
com uma ligeireza nas palavras
e no olhar
É isso: Asas abertas!
Voar, preciso de voar
para onde o carinho e a Paz
me acompanhem
Preciso de Amigos/as
que murmurem palavras misteriosas
Que perturbam meu ser como um afago!
É disso que preciso.

Quando a raiva e a dor me apertam no peito, por vezes, desabafo.
Sou Feliz por sentir que ALGUÉM se preocupa comigo.

Beijos.
Excelente domingo, desejo-te.

Vladimir disse...

Belo poema...com grande profundidade...

Oliver Pickwick disse...

António é o alter-ego de Herético? Ou vice-versa? Em ambos os casos, parabenizo-os pela diversidade: um poema de sentimentos tão profundos e, logo abaixo, uma análise político-econômica tão clara da produtividade, ou falta dela, em Portugal.
De fácil compreensão até mesmo para um estrangeiro não muito inteirado do cotidiano desse país.
Mas uma vez, prezado Herético, a sua intimidade com o trio "preciso, conciso e objetivo" se faz presente, aliás, configurando uma marca pessoal dos seus textos nessa categoria.
Abraços, e aproveite o fim de semana!

Frioleiras disse...

fragilidades...

são como rendas ...

pentelho real disse...

comoveis-me senhor, assim, todo babado.
e invejo-vos, talvez...

mas desejo-vos, aos dois, e demais, tudo de muito, muito bom...

PintoRibeiro disse...

Faz falta. O riso.
Abraço,

M. disse...

Fragilidade aparente, está dentro dela a força interior que se pressente e que pouco a pouco se vai mostrando. O prazer do convívio e da descoberta mútua.

PoesiaMGD disse...

Um bom fim de semana para ti também! Amei teu poema!
um abraço

http://www.escritartes.com/forum/index.php?referredby=3

Graça Pires disse...

Teimosa a vida
Que apenas a lágrima
Humaniza. E o riso...
Muito bom.

velha gaiteira disse...

Caro Herético,

Até na poesia "tens dedo" para escolher!

Mimas-nos demasiado!

velha gaiteira disse...

Caro Herético,

Até na poesia "tens dedo" para escolher!

Mimas-nos demasiado!

un dress disse...

tão frágil...tão...ternO...:)

Anónimo disse...

Passei para dar um abraço e apreciar o blogue, sempre de grande valia. Boa semana.

Paulo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo disse...

A «mensagem» dos poemas, muitas vezes incendiada pela aridez do deserto, levam-nos a flutuar no oceano para onde o quotidiano, pejado de fragilidades, nos catapultou...
Por vezes, com um olhar ceguinho de choro, sentimos a aridez do deserto que as silabas dos poemas deixam adivinhar.
A partilha de uma terna fragilidade, infelizmente, nem sempre é a "guarida" da solução.
"Teimosa a vida"..., né?

Abraço
Paulo

Manuel Veiga disse...

Olivier Pickwick,

alter ego? sem dúvida!...

tanto quanto uma frágil criança de cinco meses o pode ser - e cujo futuro desejaria poder "desenhar".

grato. abraço fraterno (deste lado do Atlântico...)

Anónimo disse...

Apesar da delícia desses instantes de fragilidades, lembrei-me da célebre frase que chocou um Congresso da Ciência, há muitos anos atrás.
"- A criança é um perverso polimorfo!" - e lá se foi o mito da sua fragilidade e Freud foi apupado até mais não [sorte a dele, por já não existir o Tribunal da Santa Inquisição!...].

Nunca consegui olhar para o meu querido "polimorfo" [agora um quasi-homem], sem pensar nesta célebre frase...
Mas não fez morrer o encanto, apesar do meu amor maternal desconhecer a cegueira que normalmente lhe está associada.

Terei, certamente, olhado para o meu filho com um "sentir" não muito diferente do que li nessas fragilidades. E trouxe-me boas lembranças...

Gi disse...

Um neto

a maior das fragilidades, pelo menos depois dos filhos crescidos.

Se calhar estou a divagar mas foi assim que te senti.

Um beijo

hfm disse...

Como eu gostaria de viver nestas "fragilidades".

Maria P. disse...

Que partilha...

Beijinho*

Licínia Quitério disse...

A imensa força desta(s) fragilidade(s)!

Um frágil abraço.

bettips disse...

Toca ao de leve no sensível coraçãode quem ainda "se recorda". Olhar, basta o olhar. Abrçs

Stella Nijinsky disse...

Olá A.

Só agora vi que saíste um pouco do sério para entrar no mais sério ainda.
Gostei muito do poema, retrata talvez o teu sentimento pelas coisas que despoletam o outro tipo de escritos.

Stella

Anónimo disse...

"Teimosa a vida
Que apenas a lágrima
Humaniza. E o riso..."

Na fragilidade desta hora, soube bem ler este poema.

Grata pela partilha.
Abraço

Mel

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