“Gosto do céu porque não creio que elle seja infinito. Que pode ter comigo o que não começa nem acaba? Não creio no infinito, não creio na eternidade.
Creio que o espaço começa numa parte e numa parte acaba E que agora e antes d'isso ha absolutamente nada.
Creio que o tempo tem um princípio e tem um fim,
E que antes e depois d'isso não havia tempo.
Porque ha de ser isto falso? Falso é fallar de infinitos
Como se soubéssemos o que são de os podermos entender. Não: tudo é uma quantidade de cousas.
Tudo é definido, tudo é limitado, tudo é cousa”.
Alberto Caeiro
In – “Razão Activa” - Nov./08 – Boletim da Fundação Internacional Racionalista
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Bom fim-de-semana...
Vou ali, já venho! Breve, breve...
Beijos e abraços
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25 comentários:
meu caro herético...
a metafísica das coisas talvez seja a de abolir, melhorando-as...
é a mensagem do F. Pessoa...e aquilo sempre quando tocas em algo...Perfeito.
abraços
errata:
...e aqulo que sempre fazes quando tocas em algo...Perfeito.
:)
se não é assim, podia ser.
E, assim de repente, os poemas de esperança deram lugar a um poema tão racional... Alberto Caeiro, de que muito gosto, mas que falha aqui aquele panteísmo, aquele apego às sensações e só a elas que faz com que afinal existam coisas infinitas. Isto digo eu que não sou nenhuma especialista. E por aqui me fico... :)**
Muito oportuno! E perfeito!
Bom fim-de-semana
Beijos
e beijos
Bom fim de semana!
:)
Só acredito mesmo na "Eternidade e um dia"...
No poema, há conceitos já superados pela Física avançada. Mas, nem por isso ele é menos belo. No mais, como se diz por aqui: o que vale é a intenção.
Um abraço!
Tenho lido, sem comentar. Tenho gostado muito.
U beijinho.
Gostei do poema, como não poderia deixar de ser.
Espero que a ausência seja mesmo rápida e por uma boa causa.
Bom fim de semana.
passei, li, e desejo bom fim de semana.
beij
a nossa escala
é tão
tão pequenina!
*
Perfeito caro companheiro de jornada.
Tu que és sabedor e paciente procura p. f. um poema do mesmo mestre que fala sobre o rio da sua terra e publica-o. É sublime, sei que existe mas não consigo encontrá-lo.
Somos tão mortais
quanto a borboleta
Mas pensamos
enquanto existimos
Por isso,
talvez, por isso...
a eternidade
e o infinito
nos façam lembrar
o tempo
e o espaço
Talvez, por isso...
a duração
e a extensão
e sempre
a vida
e a morte.
.
[Beijo, enquanto somos e estamos]
"tudo é uma quantidade de cousas"... A arca de Pessoa é inesgotável... Um abraço.
Perdoem-me, mas parece que este verso está deficientemente fixado( ver o diálogo Campos-Pessoa da Teresa Rita Lopes):"Como se soubéssemos o que são de os podermos entender." Não se entende.
Apesar de nao concordar com Fernando Pessoa em muitas coisas, adoro os seus poemas!
E este é muito bom!
:)
:))
comecei
:))
acabei
infinitamente[?] sorridente.
Tudo é limitado... menos a vontade que se teima viva.
:)
Grata, gratíssima, por este Caeiro que bem me soube...
(a propósito d'Isto: em Março, caro Herético, terá de dar um salto a Coimbra!)
... a visão de um Caeiro 'revisitado', sempre belo! Não importam os conceitos...
Sensibilizada pelo olhar em 'fragmentos'!
Um beijo
como seria
belo
ser inteiro
neste acidente
de
ser :)
beijo
~
Também por tudo o que foi dito
o caso BPM não pode ser
uma nova casa pia
Belíssimo
Para mim,Pessoa via para além das coisas,numa perspectiva quase futurista e era de uma lucidez e coerência espantosas. Acreditava no que dizia simplesmente.
Muito bem.. fizeste as malas outra vez? Inté
Beijos
Não há nada mais fascinante e cativante do que conhecer in loco novas culturas.
Assim o fiz mais uma vez.
Sou uma privilegiada, Deus tem sido meu Amigo por me proporcionar momentos tão magníficos.
Consegui realizar mais um sonho na minha vida.
Noutras áreas a coisa não corre muito bem, mas a Esperança é a última a morrer, continuo diariamente na luta por aquilo que quero, hei-de conseguir.
Boa semana.
Também regresso HOJE depois de 12 dias ausente.
Venho agradecer-lhe a sua visita e deixar-lhe um beijinho.
a tua "palavra inóspita" incendeia a finitude dos presentes versos. de todo modo, é sempre bom abrir janelas, perceber as coisas por infinitos ângulos.
um abraço fraterno.
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