domingo, novembro 01, 2009

Cálida brisa...

Solitária escrita de teus passos
Ténues marcas sobre a praia ainda virgem
E a descoberta do infinito manto de nada
E o prazer íntimo de caminhar descalço
Pura sensação de tudo...

Nada nos pertence. Apenas o solicito olhar
Sobre o grão de areia que somos
E a cálida brisa no rosto
Onde derramamos os afectos...

Assim a vida,

António.

26 comentários:

Maria disse...

Assim a poesia... tão bela, que aqui deixas.

Beijos

Mel de Carvalho disse...

Beleza maior que a dos passos livres de uma criança não existe, por certo.
Saber dizê-la desta maneira, só possível a quem bebe cada aragem, cada rumor de areia, que se liberta d'infantes passos e alia a este a arte genuína.

Belíssima a sua lírica, Herético.
Abraço fraterno
Mel

mdsol disse...

:))

vieira calado disse...

Assim a vida,

como diz!

Enquanto por cá andamos pelos jardins (e estrumeiras) da época!

Forte abraço

jrd disse...

Lindo! Pegadas de ternura.
Abraço

casa de passe disse...

OH, caro Amigo !

Quase me faz chorar com tanta beleza!

Um bisou da sua

amigona

Loulou

hfm disse...

Assim a poesia - límpida, pura, enxuta.

Graça Pires disse...

"Nada nos pertence" Apenas, por inteiro, as palavras e o silêncio...
Um belo poema, amigo, com uma fotografia a desafiar a memória da nossa inocência.
Beijos.

Licínia Quitério disse...

"o grão de areia que somos" e a imensidade dos afectos. Lição de Vida para o António. Uma praia de ternura.

Paula Raposo disse...

Assim a vida.
Beijos.

Mar Arável disse...

Poema cheio de ternura

Abraço amigo

luis lourenço disse...

na senda mágica da criança, a brisa poética do adulto...que é un encanto comovente...Lindo.

Abraços,
véu de maya

Peter disse...

Este teu poema fez-me lembrar António Ramos Rosa:

"Amar esta sombra que desliza e que é talvez já a presença que nos foge"

Demóstenes disse...

Bravo!

Abraço

o Reverso disse...

o António.
lembro-me tão bem de quando nos disseste da sua chegada.
um abraço grande para o avô poeta.

para ele fica este mundo que nunca sabemos...

Nilson Barcelli disse...

"Nada nos pertence. Apenas o solicito olhar
Sobre o grão de areia que somos"

Esta é a verdade incontornável.
Que soubeste dizer neste magnífico poema.
Gostei, tem qualidade poética.

Abraço.

vida de vidro disse...

Um olhar poético de reflexão e ternura. Tão belo... **

Frioleiras disse...

um prazer ... passar por aqui........................

GP disse...

Bonito poema da vida.

beijo

© Maria Manuel disse...

tão belo o teu poema! essa nossa pertença, os gestos simples, descalços, o que somos, os nossos afectos, os nossos olhares sobre a vida, bonito!

GS disse...

A tua lírica tem destes momentos!

'E a cálida brisa no rosto
Onde derramamos os afectos... ' - Sinestesia de emoções puras!

Um beijo afectuoso,

Lamento só agora estar a visitar os 'amigos' que tão amistosamente me foram procurando, apesar de ter estado impossibilitada de
retribuir, neste último mês e meio,
quase :(

Jorge Castro (OrCa) disse...

Pego nas belas e inspiradas palavras que Mel de Carvalho e Nilson Barcelli já te deixaram e recomponho o ramalhete merecido por tão belo poema.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

assim se faz poesia.

Onde derramamos os afectos...

esta estrofe está belissima.

bom fim de semana.

beij

Tinta Azul disse...

lindíssimo, tudo.
Beijos para o António também.

:)

Oliver Pickwick disse...

Dizem que os avós são pais com açucar. Agora imagine quando o avô é poeta.
Vida longa ao Antônio!
Um abraço para os dois!

M. disse...

Uma certa ternura triste aqui encontro, neste belíssimo poema. Talvez porque as crianças nos fazem sentir e pensar a vida de outro modo. A nossa, que foi e é, e a deles que é e será também.
E a fotografia que aqui estava era uma maravilha.

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