Queimam-se as barcas. As pontes são agora gume de facas
E o tropel dos cavalos na urgência. Sem glória.
E o sangue que teima. E queima...
Um nome apenas. Uma letra disfarçada. Uma quimera.
Uma bandeira sem legenda. Esta guerra é minha...
Miragem e duna. Destino de argonautas e guerreiros.
Que aos pés do Tempo se rendem.
E na derrota se revolvem.
Luz de nevoeiro...
E este vento da memória. E os milhafres.
E as entranhas da febre. E o cálice derramado
E os despojos nocturnos. Que vencidos se incendeiam...
sábado, agosto 28, 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
ESCULTOR O TEMPO
Escultor de paisagens o tempo. E estes rostos, onde me revejo. E as mãos, arados. E os punhos. Em luta erguidos… S ons de fábrica...
-
Escrevo poemas imaginários (que jamais serão escritos) e te envio numa gota de chuva neste inverno de melancolia sei que vais ...
-
A o centro a mesa alva sonho de linho distendido como altar ou cobertura imaculada sobre a pedra e refeição parca… e o copo como c...
18 comentários:
E, sobretudo, "este vento da memória". Belíssimo.
Lindíssimo poema!
Abraço
RÉPLICA
Tenho pena
desse incendio de vencidos
e desolação
por haver vencedores
e termos as barcas reduzidas a cinza
apenas visiveis
à luz do nevoeiro
Muito bom!
Virá o tempo em que as lâminas de fogo hão-de cortar a neblina.
Abraços
Bela esta luz de nevoeiro. E tanta confiança no sangue. que teima...
Beijos e beijos.
Num sopro se levantam as cinzas
das barcas
Estou a vê-las
Abraço
Lindo!
Parabéns querido amigo..P
Um beijo.
Bastante agradavel de ler e meditar
Saudações amigas
muito bom.
gostei de ler e ficaria muito bem declamdo...
um beij
:))
Memórias trazidas pelo vento.
Excelente poema, aliás já estou habituada a ler por este espaço o que Há de Melhor.
Beijo meu.
Que esta guerra tua seja vencida e que tu nos ofereças muito mais poemas assim...
Abraços.
Um nome apenas. Uma letra disfarçada. Uma quimera.
Uma bandeira sem legenda. Esta guerra é minha...
Esta guerra é nossa...
Um beijo.
Um dolorido sopro de memória. Nevoeiros e milhafres. Despojos.
Venceremos esta guerra.
Lindíssimo poema, Amigo.
Beijo.
...e quando a morte,
o que por cá deixarei de pé?
Ernesto, o avô
excelente e intenso poema!
abraço.
Delicioso esse poema.
O tropel ds cavalos ensurdecendo, os milhafres- rapinas em alvoroço
... e que nao haja guerras herético
Parabéns
A excelência da escrita, sempre.
Grata pela partilha
Bem-haja.
Fraterno abraço, Herético.
Mel
Enviar um comentário