Catando a hora em reflexos de luz. E o viço de meus olhos
Abrindo-se no negro vertebrado das asas
Em timbre de azul...
O sol é apenas pretexto. E o voo a indolência.
Não a chama, nem o sobressalto, nem o “piolho da existência”.
Apenas a imprevisível ave rasgando o ar
E a tarde caindo resiliente...
Nem passado nem futuro. Imanente o sopro
E aguilhão de minha ausência. E a secreta passagem
Entre a fugaz ave e a alma evanescente...
Talvez a sombra de Torga como árvore.
Ou magoado sorriso de Caeiro.
15 comentários:
Sim...
"Talvez seja a sombra de Torga como árvore.
Ou magoado sorriso de Caeiro."
(Publica!)
Belo, o poema!
* Olá, boa noite!
Estou noutro computador,
porque no meu há uma insidiosa aplicação Texas
que não deixa comentar.
Daí a minha forçada ausência.
Felizmente daqui posso saudá-lo!
Forte abraço
Além de nos presentear com um poema que não necessita de nada mais, além do nosso mergulho nele, e sermos essa tarde anunciada no canto do melro, nos remetes a dois grandes poetas.
Belo!
Beijinho e ótimo domingo!
;)
"o sol é apenas o petexto"...seja...mas o Texto é Iluminado!
Belíssimo!
BS
Poema que é tela plena de referências.
Muito belo!
Abraço
Que beleza!
E que haja sempre sol. e que seja pretexto para poemas assim....sublimes.
Está lá a mágoa sorridente de Caeiro, a desvendar a explicação da tarde. Belo Poema!
Ou estertor de um país entregue aos coelhos!
Abraço
Era eu com o na sessão da filhota!
Abraço
Um pássaro de "luto" e de luta!...
Outro grande poema.
Abraço
Ou o teu olhar lançado ao azul do céu
onde escreves poemas
que nos põem em estado líquido...
Beijo.
Onde moro há pombos que detesto, pois estão sempre com diarreia e melros, que adoro. Os machos têm bico amarelo e as fémeas não, alem da plumagem ser menos negra.
Belíssimo
Os melros cá da casa
comem nas minhas mãos
o granulado dos cães
Abraço
Muito poético
Saudações amigas
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