Persiste o azul
como se a boca fosse vulcão
Em transe de
soltar-se e o vermelho apenas indício
Ou ténue
labareda em asas de cetim.
Sopram os olhos
brasa também azuis
Como se a hora
do voo fosse de espera
E a borboleta
apenas o corpo da brisa
Que de tão suave
se queima e queimando
Se arrisca no
canto fugidio da chama.
Flores de lume os
traços do rosto
De azul vestidos. Farrapos de céu
Que em dor se
abrem e em desejo se cumprem
Como plumas
caprichosas no esplendor dos dias.
E deste lado poema
fios de Ariane
A seda dos
laços em que cativo me solto
No fingimento
dos braços. E me comovo no azul
Que bebo na dança
inventada de beijos
Coloridos...
Coloridos...
12 comentários:
Nos fios azuis de Ariane. Belíssimo!
Dançaria esta dança.
Um grande bj querido amigo
Belíssimo, meu caro.O melhor arde depressa, mas fica o azul que o renova.
Grande abraço,
Véu de Maya
Excelente
Mais azul que o céu
Abraço
Uma dança poética muito boa.
Gostei do poema, é excelente.
Caro amigo, boa semana.
Um abraço.
No teu poema azul eu leio o meu vermelho.
Abraco Poeta
"E deste lado poema fios de Ariane
A seda dos laços em que cativo me solto
No fingimento dos braços. E me comovo no azul
Que bebo na dança inventada de beijos
Coloridos"
Num espaço interior, algures, entre o luminoso e o sombrio.
Belíssimo!
E insisto:
Porque não publicas?
Belissima composição, sem mais.
Abraço
Para lá das teias que nos envolvem é sempre possível respirar os assomos de um piscar de olho...
Grande poema!
Abraço
o azul, a cor do meu sossego...
grato pelas suas visitas
Bragi nunca me foi muito (ou pouco, diga-se...) favorável. Não que lhe tente a graça, de quando em quando. Por isso, como também o azul me seduz, inventei um unicórnio azul.
E, por hoje, fico-me com a inveja do teu poema!
abraço!
Enviar um comentário