sábado, maio 26, 2012

PERSISTÊNCIA DO AZUL...


Persiste o azul como se a boca fosse vulcão
Em transe de soltar-se e o vermelho apenas indício
Ou ténue labareda em asas de cetim.

Sopram os olhos brasa também azuis
Como se a hora do voo fosse de espera
E a borboleta apenas o corpo da brisa
Que de tão suave se queima e queimando
Se arrisca no canto fugidio da chama.

Flores de lume os traços do rosto
De azul vestidos. Farrapos de céu
Que em dor se abrem e em desejo se cumprem
Como plumas caprichosas no esplendor dos dias.

E deste lado poema fios de Ariane
A seda dos laços em que cativo me solto
No fingimento dos braços. E me comovo no azul
Que bebo na dança inventada de beijos
Coloridos...

12 comentários:

hfm disse...

Nos fios azuis de Ariane. Belíssimo!

Gisa disse...

Dançaria esta dança.
Um grande bj querido amigo

luis lourenço disse...

Belíssimo, meu caro.O melhor arde depressa, mas fica o azul que o renova.

Grande abraço,

Véu de Maya

O Puma disse...

Excelente

Mais azul que o céu

Abraço

Nilson Barcelli disse...

Uma dança poética muito boa.
Gostei do poema, é excelente.
Caro amigo, boa semana.
Um abraço.

jrd disse...

No teu poema azul eu leio o meu vermelho.

Abraco Poeta

Lídia Borges disse...

"E deste lado poema fios de Ariane
A seda dos laços em que cativo me solto
No fingimento dos braços. E me comovo no azul
Que bebo na dança inventada de beijos
Coloridos"

Num espaço interior, algures, entre o luminoso e o sombrio.

Belíssimo!

Rogério G.V. Pereira disse...

E insisto:

Porque não publicas?

Carlos Ramos disse...

Belissima composição, sem mais.

Abraço

AC disse...

Para lá das teias que nos envolvem é sempre possível respirar os assomos de um piscar de olho...
Grande poema!

Abraço

maceta disse...

o azul, a cor do meu sossego...

grato pelas suas visitas

jorge esteves disse...

Bragi nunca me foi muito (ou pouco, diga-se...) favorável. Não que lhe tente a graça, de quando em quando. Por isso, como também o azul me seduz, inventei um unicórnio azul.
E, por hoje, fico-me com a inveja do teu poema!
abraço!

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