Generosos são os deuses que tecem filigranas
No corpo da noite...
Sempre ali estiveram as ilhas. Meus olhos
É que tardaram nessa bebedeira do sonho...
O voo é esta reclinação do tempo. Dispo-me
De mim e mergulho no magma. Como outrora
A cobiça dos impérios criava tempestades...
Pepitas luminosas no colar de Athena
As ilhas sempre ali foram. Homens e impérios
As profanaram no impudor da guerra. E no delírio
Das vitórias.
Gargantas bárbaras por onde escorre vinho
Generoso. Subtil veneno que entorpece
Como lento remoer da insubmissa espera...
Sou herdeiro desta miragem. Da infinita doçura
Que sara os golpes. E da mão que vinga.
E do apolíneo gesto que rasga a pedra.
E do bronze da história que clama.
E que reclama...
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Regresso agora. Ítaca reinventada. Pátria minha.
Ferida aberta...
10 comentários:
Pátria nossa.
Ferida aberta...
Chaga em aberto e por punhais revolvida...
Um abraço
(Desculpa-me o lapso)
E que regresso melhor do que este poema que nos reinventa a pátria ferida.
Abraço
Verdadeiras palavras empunhadas!
Grande abraço.
Regressas e reinventas a palavra com que dizes Pátria.
Muito belo Poema.
Abraço, Amigo.
Ferida aberta e a sangrar abundantemente.
Abraço
Ferida aberta e a sangrar abundantemente.
Abraço
Raízes de dizer "Oceano" e um deserto, aqui...
Belíssimo
Lídia
ferida aberta que escorre por entre os dias...
Pátria que perde aos poucos a sua identidade...
profundo e belo poema.
beij
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