segunda-feira, novembro 04, 2013

ALBERT CAMUS - a Liberdade e a Justiça...

 
“A revolução do século XX separou arbitrariamente, para fins desmesurados de conquista, duas noções inseparáveis. A liberdade absoluta mete a justiça a ridículo. A justiça absoluta nega a liberdade. Para serem fecundas, as duas noções devem descobrir os seus limites, uma dentro da outra.
Nenhum homem considera livre a sua condição se ela não for ao mesmo tempo justa, nem justa se não for livre. Precisamente, não pode conceber-se a liberdade sem o poder de clarificar o justo e o injusto, de reivindicar todo o ser em nome de uma parcela de ser que se recusa a extinguir-se.
Finalmente, tem de haver uma justiça, embora bem diferente, para se restaurar a liberdade, único valor imperecível da história. Os homens só morrem bem quando o fizeram pela liberdade: pois, nessa altura, não acreditavam que morressem por completo...”
 
Albert Camus, in "O Mito de Sísifo"

8 comentários:

Rafael Castellar das Neves disse...

Esse cara é muito bom...este livro em particular eu não li, mas está na lista...

Boa pedida..

[]s

Rosa dos Ventos disse...

Dele apenas li O Estrangeiro e A Peste mas por eles se vê a sua grandiosidade como escritor!

Abraço

Mar Arável disse...

Na verdade temos de aprender a voar com os pássaros
mas também a orientá-los no voo

em liberdade
Abraço fraterno

Ana Tapadas disse...

Concordância absoluta...já se percebeu. Gosto dessa fonte.

bjs

Rogério G.V. Pereira disse...

os nossos mortos não morrem...

Mª João C.Martins disse...


Há limites que muitas vezes colidem, não por serem incompatíveis - bem pelo contrário -, mas porque facilmente são ultrapassados. A liberdade tem em si mesma algumas fronteiras, e a justiça ( quando justa)é uma das mais necessárias; a que dá a todos o mesmo céu para voar sem descurar o que é próprio de cada um: desde as penas até às asas.

Um abraço

jrd disse...

A liberdade é o maior bem e se não a for é o porque não há justiça.

Abraço

GL disse...

Segundo parece, o problema reside descobrir os limites.

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