domingo, novembro 24, 2013

DERBY - Sub 8 anos



De lance em lance, António
Até ao afoguear
Do rosto...


Que o esforço
Não quer limite
E o sangue ferve
No limiar do grito...

E quando aflito
Sabe que a teu lado
Corre solidário
O companheiro
Que espera o passe...

E mais à frente
Rente
À linha
Outro se ergue
Fintando
O ímpeto
Do adversário...

Que outra coisa
Não é, António, senão o outro lado
Do jogo
Que dá sentido
E embriaguez
Ao teu cansaço...

Em ambos os lados
Porém mais que vitória
Ou a derrota
É suor com suor
De homens (pequeninos)
Misturado...




 



17 comentários:

jrd disse...

Grande António. É preciso saber que um dia, de um lado e do outro, serão Homens.

Abraço

Rosa dos Ventos disse...

Enquanto as Mulheres aplaudem!
Eu sei que a metáfora não tem género, estava a brincar!:)

Abraço

Maria João Brito de Sousa disse...

... eu garanto que pensava nunca vir a gostar - muito sinceramente! - dum poema dedicado a um tema destes... há sempre uma pequena hipótese de me enganar, nestas pouquíssimas coisas em que sou "perita"...

Abraço! :)

Lídia Borges disse...


Todos os temas são "nobres" para a poesia quando o poema [nos] diz.



Beijo

Rogério G.V. Pereira disse...

Podias estar a falar de tudo
quando falas do teu miúdo

"E quando aflito
Sabe que a teu lado
Corre solidário
O companheiro
Que espera o passe..."

que ele sempre o saiba

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

ah grande António, que deixas assim um avô babado....

o poema está muito bom.

boa semana.

beijo

:)

O Puma disse...

O meu TIMÓTIO não tem clube
mas joga bem na bancada do avô

Belo meu irmão

Shirley Brunelli disse...

Belíssimo poema. Adorei. De verdade.
Um beijo, heretico e muita paz!

jawaa disse...

Tenho parecido tão distante por não comentar, o que é diferente de não ler!:)

Mas o teu coração pulsando pelo homem pequenino em que te revês não poderia estar tão perto de mim neste poema sentido e de sentido múltiplo.
O António há-de saber sempre venerar este avô e - melhor! - continuá-lo.

Um abraço

jawaa disse...

Tenho parecido tão distante por não comentar, o que é diferente de não ler!:)

Mas o teu coração pulsando pelo homem pequenino em que te revês não poderia estar tão perto de mim neste poema sentido e de sentido múltiplo.
O António há-de saber sempre venerar este avô e - melhor! - continuá-lo.

Um abraço

lis disse...

É Arte - o treino com a bola e essa herança que como diz a poeta a gente 'recebe de graça sem esforço ,sem dores sem choro sem noites perdidas, é o penhor da mocidade .
Um menino seu e o direito de amá-lo com extravagância...'
_' o outro lado do jogo' é sair de mãos dadas com o neto numa manhã de sol...incomparável!
belo como sempre seus versos ao doce Antonio_ tal avô tal neto!rs
bons dias heretico

Mel de Carvalho disse...

o António um dia, quando tomar consciência da centralidade que, em boa hora, teve na poesia do avô, perceberá que ganhou o maior derby da vida: o amor incondicional, inigualável, que tais laços conferem.

gostei muitíssimo. beijo ao António, fraterno abraço ao avô

Mel

MS disse...

Adorei teu poema sobre o pequenino-grande António.

Não sei se neto, se amiguinho, mas que António tem todo o teu carinho, lá isso...

Lindo!
Beijo

Ana Tapadas disse...

O coração que pulsa no ímpeto do amor.

Beijinho

Red Angel disse...

Golo!
Marcaste um belissimo golo... E sem equipamento :-)

GS disse...

Mas que belo cantinho vim aqui encontrar!

Um poema de grande afecto ao António. Delicioso, o António!

Os verdadeiros afectos são assim! Lindos!

Beijo,

GL disse...

António, agora falo contigo, directamente, baixinho.
Sabes? Quero pedir-te um favor.
Quando cresceres, quando já fores um homem, procura ser um Homem digno, justo, honesto, um Homem que honre a sua geração, que perdoe a herança
que estes homens vos deixam.
Entretanto, joga, brinca, sê feliz!
Beijinho.

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