sábado, abril 05, 2014

EM SEARA ALHEIA ( de Versos)



Ainda temos nas mãos
A força e o espanto
A raiz de um querer tanto
A esta terra, no peito


Ainda temos nas mãos
A maresia e o sal
Dos nossos avós marinheiros
Que espalharam pelo mundo
Raízes de Portugal


Ainda temos nas mãos
Um canto para florir
Nas cordas de uma guitarra
Um chão que se quer cumprir
Numa nova madrugada.


Ainda temos nas mãos tanto mar,
Tanta alma, tanto espanto...


Lidia Borges - in Sementes Daqui - Poética Edições


(agradável convívio a apresentação em Lisboa, do livro de poemas da Lídia Borges  "Sementes Daqui" - parabéns, Lídia)





12 comentários:

Mar Arável disse...

Excelente momento
um vagarosos instante

Baila sem peso disse...

"Ainda temos nas mãos"...

lembranças de gratidão
sementes de verde chão
espanto de multidão
cravos e música na mão...

até quando?
aqui neste dizer
para sempre, vai acontecer!...

Gostei a valer :)

Obrigada pela partilha

Beijos

Lídia Borges disse...


Fico sem palavras, aqui, cada vez mais perto desta terra, no peito.

A minha gratidão

Lídia

AC disse...

Ainda temos nas mãos
Muitas madrugadas por descobrir.

Abraço

Shirley Brunelli disse...

Bonito o poema de Lídia Borges... Bela escolha, heretico.
Beijos e boa tarde!

MARILENE disse...

Ainda há muito nas raízes e no coração, mesmo para quem nada tem nas mãos. E a capacidade de se espantar não termina.
Uma poesia grandiosa. Abraço.

Ana Tapadas disse...

Belíssimo este poema da Lídia!

Beijinho

jrd disse...

É esta a força que ainda temos nas mãos!

Um abraço amigo

Sónia M. disse...

Muito belo o poema.
Que o momento se repita, sempre com sucesso.

Abraço aos dois.

maceta disse...

ainda bem que ainda há força no peito de muitos... belo!

abraço e aplauso para a Lidia

lis disse...

'Tanto mar,tanto mar...
tanta alma'
É assim a Lídia,especial_lindo tudo que faz e escreve,
obrigada pela escolha
meu abraço

Agostinho disse...

Um magnífico sentir, este,
de Lídia, replicado em movimento de "Pêndulo".

Ainda temos tanto
tão pouco tanto!
E escapa-nos ao leme
das mãos
entre a cobardia e a luta
pelos intertícios da vontade
que nos destina o porvir

Abraço.

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