Sob e
estridência do sol a oliveira
E esta ilha de
sombra. E a cigarra descuidada.
Arremedando a
ceifa. Como se a cidade seara fora.
Apenas feira …
Os corpos
distendidos embora.
Derramados na
canícula. Inertes na estridência dos sons.
E o Palácio ao
fundo…
O Tejo segue seu
curso. Caravelas agora
São os turistas
que passam. E pasmam.
E velharias coloridas.
E o fado nosso que de eterno
Tem apenas a velhice.
E a sornice…
Que venham pois
os poetas da cidade
Com O´Neill à
cabeça. Ou a Pátria de Junqueiro
Pois embora não
pareçam ambos são
Quinquilharias…
Manuel Veiga –
in “Poemas Cativos”
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Breves dias ausente de vosso convívio...
Beijos e Abraços.
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Breves dias ausente de vosso convívio...
Beijos e Abraços.
15 comentários:
E o brilho do Tejo a inundar de luz a ilha das sombras. Pela água nos renovamos, nos redimimos, nos lavamos de quinquicalharias...
Um beijo.
Do passado também existe
O instante que pulsa tão breve...
E nem por isso havemos de ressenti-lo... é a natureza da vida!
Lindo poema sobre o Tejo. Beijo.
~
~ Palavras e versos justos, todavia, transparece
um desencanto desanimado que muito lamento.
~ ~ Força, Amigo! ~ ~
Pequenos grandes nadas
à flor das águas
que nos desmandam
Abraço poeta
e o passado que não é presente
nem precisa
e o Tejo que é inspiração
e Lisboa que me é paixão
e Belém que me seduz e luz
quinquilharias tem
palácio
e pasteis também
gostei muito meu amigo Poeta
:)
Que a ausência seja curta.
Esqueçamos as quinquilharias; agarremos àquilo que tem valor.
Abraço.
Que venham os poetas!
Tu vieste...belíssimo poema.
Beijo meu
Que venham O'Neill e Junqueiro denunciar "a feira cabisbaixa" em que "a liberdade é morta, estrangulada como um rafeiro".
Um abraço meu irmão poeta
~ Ótimo fim de semana, Poeta.
~ ~ ~ Beijo amigo. ~ ~ ~
~
Poema de súplica e de intervenção.
Em Belém, aqui ou além, haverá sempre quinquilharias.
Boa ausência, sem/com "strippers".
O Tejo há-de levar a múmia que se cravou a seus pés.
"Lava a cidade de mágoas ..."
A cidade ainda tem poetas... quinquilharias ou não...
Mais um excelente poema.
Tem uma boa semana, caro amigo.
Abraço.
A eternidade quer-se velha.
De quinquilharias e velharias são tecidas nossas referências.
E que o Tejo siga sempre seu curso...
abç amg
Apetece-me tanto citar o nosso Manuel da Fonseca: "Tejo que levas as águas
Correndo de par em par
Lava a cidade de mágoas
Leva as mágoas para o mar".
Falta a voz do Adriano para sabermos melhor que não estamos sós...
Um beijo, meu amigo.
...enquanto os corvos debicam o Velho, no Restelo!
abraço.
jorge
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