Nada.
Nem um suspiro. Nem um bulício...
Apenas
o leve pestanejar do sonho como onda breve
A
espraiar-se em azul-turquesa.
Ou
será verde?
E
aquela ilha!
Secreto
coração do mundo em toda a parte
Batendo
em alvoroço de lume...
Nem
ontem, nem hoje! Nem a distância.
Pois
que nada contém o peito dos amantes
Nem
a palavra volátil que se anima
No
arfar das silabas...
E
no murmúrio das correntes subterrâneas
Onde
nascem paisagens tão fluentes como rios
Ou
corpos sem margens desnudados
Capricha
o poeta. E arde...
E funde-se.
E finge-se na dor branca (ou será verde?)
Que
deveras sente...
Manuel
Veiga
14 comentários:
Há que dar corpo ao que de nós emana...
Belo!
Abraço
No pestanejar de uma vírgula
Abraço poeta
Nada conterá nunca o peito dos amantes, e tudo pode ser, ou ficar, azul, ou verde, azul turqueza...ou de outra qualquer cor!
Muito belo.
xx
Existem sonhos assim, voam em busca de espaço
a transcender o concreto "mundo da realidade",
povoam neste espaço o bordado do amar nas
cores e música do sentir num sinal verde!...
Belíssimo!!!
Uma inspiração poética luminosa no voo do sonho...
beijo.
~~~
~~ Quanta glória
neste sonho colorido e vibrante, Poeta!
~~ Beijo amigo.
~~~~~~~~~~~~~
em todos os Poetas há uma ilha
azul
ou verde
tanto faz!
mas que há, há....
gostei tanto...tanto!
beijo
:)
O sonho comanda a vida... :)
Sonhemos a turquesa, verde ou outra cor qualquer, o importante é sonhar!
Gostei muito,
Um beijinho.
A dor que o poeta sente o finge sentir pode ter a cor que tiver, mas dói do mesmo jeito do resto dos mortais, talvez até mais, pois todo poeta traz a sensibilidade à flor da pele.
Herético, vim agradecer as afetuosas palavras a nós duas dirigidas lá no canto da Leninha e as amáveis visitas ali feitas. Daqui a mais alguns dias ela estará no comando do próprio blog. Espero não ter decepcionado os seus amigos que me visitaram neste período.
Deixo um abraço,
Aninha
Há sempre os sonhos....Sem que a cor importa.... Porque apenas os sonhamos....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Verdade, nada contém os amantes
Bom serão
O poeta sente todas as cores e pinta-as em palavras uma a uma. O leitor escolhe as que, em dado momento, lhe parecem também suas. :)
Talvez seja verde...poeta! Belo poema.
Beijinho
Existem sonhos assim, 'no leve pestanejar...'e que alcançam infindáveis momentos.
Verde, azul-turqueza, branco, a cor importa? Sonhar apenas.
Este espaço, quando poetas, vira arco-íris. E o nosso olhar vai-se perdendo na paisagem das palavras e dos sentimentos.
Beijo, Herético.
Mesmo verde, arde
a lava de um vulcão.
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