segunda-feira, agosto 15, 2016

INCENDIAR DE AZUL O MOVIMENTO


Declino o nome e a boca
É dança de cores a percorrer
O corpo. Arco iris de fogo
 
A incendiar de azul o movimento.
Das ondas. Libertas.
 
Labareda os dedos marcando
As sílabas. Poema-outro
E percurso da voz
Na modulação
De palavras
Nuas...
 
Captura do silêncio
No alvoroço do poema
A germinar por dentro
 
Manuel Veiga...

 



 
 

10 comentários:

Suzete Brainer disse...

O título é um poema, o azul na expansão semelhante
ao infinito!...

O poema é o infinito por dentro!
Tamanha beleza a germinar nas palavras nuas,
o seu percurso de riqueza poética e inspiração
a incendiar na voz expressiva do poeta, o poema!

Simplesmente magnífico!

Tais Luso de Carvalho disse...

Poetas são assim, germinam de dentro para fora! Nada precisam ver, vivem do sentir. Cronistas são diferentes, germinam de fora para dentro e fazem o rebuliço com o que os olhos viram, misturando ficção - se for o caso.
Por isso poemas são especiais. Belo e sentido poema!

Bj.

Graça Pires disse...

Capturar o silêncio e fazer do azul o trilho que a voz percorre até chegar ao poema num "arco iris de fogo". Maravilhoso, Manuel!
Um beijo, meu Amigo.

Odete Ferreira disse...

Li e reli, mergulhando, a cada investida, num plano simbólico diferente. Só acontece a quem sabe esventrar as palavras. Puro simbolismo! BJ, Manuel :)

Pedro Luso de Carvalho disse...

Caro Manoel,
No seu “Incendiar de azul o movimento” encontra-se tudo o que deve ter
um bom poema. Na minha opinião, é um ótimo poema.Parabéns, meu amigo.
Abraço.
Pedro.

Mar Arável disse...

No alvoroço do poema
os azuis se movimentam
na água deste mar

Abraço poeta

Graça Alves disse...

Que bonito!
O poema é uma sinestesia de cores a germinar por dentro de nós...
Bravo!
bj

luisa disse...

Um fogo de verão?
:)

Majo Dutra disse...

~~~
Germinou perfeitamente este poema, Manuel, em cores de ocre
que incendeiam o movimento das ondas...
Apreciei sobremaneira a delicada, mas acentuada sensualidade.
Bj, Poeta.
~~~~~~

Agostinho disse...

O poeta, MV, tem o condão de fazer do azul um crepitante vermelho absoluto, tão distante e tão perto, tão à mão num túrgido peito.
Belíssimo.

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