segunda-feira, novembro 13, 2017

Estão Proibidos Todos os Imprevistos


Estão proibidos todos os imprevistos
E o poeta será mandante de todos os acasos
Os dias terão vinte e quatro horas
Os meses trinta dias
E os anos serão contados pelos dedos.

E quando te encontrar terei quinze anos
Teus seios serão vibrante arpejo
Em tímidos dedos
Teus lábios o mel de todas as colmeias
E tua face o rubor
De todas as auroras

E então inventarei a palavra certa
Para te nomear desmesurada mente.

Manuel Veiga


9 comentários:

Graça Pires disse...

Inventarás a palavra certa quando uma luz quase clandestina to permitir...
Como gostei deste poema, meu Amigo!
Uma boa semana.
Um beijo.

José Carlos Sant Anna disse...

E o sol ocultará seus raios para que reverberem as chamas desta palavra. Belo poema, caro amigo!
Forte abraço,

Tais Luso de Carvalho disse...

Muito bonito, meu amigo! Poema composto com delicadeza e sensibilidade.
Quanto mais temos a capacidade de amar, mais pleno se torna o sentido de nossas vidas.
Lindo, parabéns Manuel!
Beijo, uma ótima semana.

Rogério G.V. Pereira disse...

Na previsibilidade da beleza

o poeta
surge, mandante de todos os acasos

(e quanto à palavra... acho que a sei)

LuísM Castanheira disse...

o poeta vai às nascentes da inocência e desce o rio, evitando águas pouco profundas.

(com a beleza no olhar de quem espera a idade da palavra)

bom dia, Amigo

Teresa Almeida disse...

O poder da comunicação poética.
Manuel Veiga tem a ousadia de derrubar os muros do tempo. Todo o poema é "um vibrante arpejo".

Beijo, meu amigo.

lis disse...

Bom voltar e encontrar o poeta desmentindo a máxima que 'é proibido proibir'
Sempre,excelente!

Diana Fonseca disse...

Quem dera que todos os imprevistos da vida fossem mesmo proibidos.
Nada daquilo que não queríamos que acontecesse, iria surgir.
Quem dera.

Beijinhos, Diana.

manuela barroso disse...

Há rubores que serão previsíveis com a incandescência de auroras, na timidez do poente!
Uma "invenção" desmesuradamente bela. Manuel!
Beijo.

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