segunda-feira, março 12, 2018

ANTÍTESE...



No corpo do poema
Um murmúrio. Ligeiríssima fuga
Na dispersão da tarde...

Lá fora o Mundo!
Cá dentro o sopro de uma sonata
A diluir-se em cada verso...



Manuel Veiga

13 comentários:

Tais Luso de Carvalho disse...

Amigo Manuel,

O poema, a escrita... que bom serem uma fuga; mas dentro, seja no coração do poeta, do contista ou romancista há um encontro com a paz, sempre esperado, a cada movimento da pena, a cada nota de uma sonata.
E o mundo lá fora... que continue no seu ritmo frenético, enlouquecido. Água e óleo não se misturam.

Muito lindo, Manuel, uma boa semana, meu amigo.

Pedro Luso de Carvalho disse...

Gostei muito deste teu poema, amigo Manuel. Por coincidência, estou escutando Beethoven,com "Six Overtures". Parabéns pelo excelente poema.
Ótima semana.
Um grande abraço.
Pedro

Larissa Santos disse...

Lindo :))

Hoje:- Âmago em transparências
.
Bjos
Votos de uma boa Terça - Feira.

Agostinho disse...

... num exercício de arco e cordas
o Poeta tira
da pauta sons
E movem-se, eles, num tom perfeito,
num dó-mi-sol do sentir:
ver-ler-ouvir.
Perpassa do coração à pele
uma ressonância harmónica

Abraço, MV.

Graça Sampaio disse...

Belo foneticamente! (mas para mim, o murmúrio e a sonata não constituem antítese; são irmãos quase gémeos...)

Beijinho antitético...

São disse...

Sonata e poesia dão-se bem....

Beijinhos

Olinda Melo disse...


O Poeta na companhia desses murmúrios que se transformam
em sonata prenhe de versos dulcíssimos.

Lá fora o Mundo!

Duas realidades que parecem não tocar-se. Mas o Poeta
fará por isso, na sua missão de reduzir distâncias.


Abraço

Olinda

Luísa Fernandes disse...

https://poemasdaminhalma.blogspot.pt/
Olá Manuel, belo poema.
Sonata, verso, poesia, com mais um tanto de magia...formando um maravilhoso poema. Gostei!
Abraço
Luisa Fernandes

Teresa Almeida disse...


Tão breve e intenso!
Uma contradição apenas aparente. Sinto que a harmonia do verso exige uma nota fugaz, ainda que ligeira ...
como um trecho musical que apenas se pressente.

Beijo, meu amigo Manuel.

José Carlos Sant Anna disse...

Caro amigo Manuel,

É sempre nova a perplexidade diante de "uma sonata/a diluir-se em cada verso. É sempre um clarão, cada "ligeiríssima fuga /na dispersão da tarde..."
É o poeta a pedir passagem para novas batalhas!
Forte abraço,


Luísa Fernandes disse...

https://poemasdaminhalma.blogspot.pt/
Boa noite Manuel, Obrigada por ter vindo.
Belíssimo poema, amei!
Abraço.
Luisa fernandes

Jaime Portela disse...

Temos sempre dois mundos à mão... o de dentro e o de fora...
Excelente, como é habitual. Parabéns.
Bom fim de semana, caro Veiga.
Um abraço.

Suzete Brainer disse...

Eu acho que o mundo interior de um poeta (na sua essência...),
em que a poesia é corpo da sua alma, dentro sempre cabe a música
de cada verso a se diluir em beleza. Talvez, na contramão de um
mundo fora e quem sabe, a fuga de quem é poeta em corpo de Poesia,
seja o mundo exterior, já que a verdadeira morada de um poeta
é a Poesia!...

Um poema genial este teu, na densidade, limpidez textual
e filosófico...

Apreciei imensamente, meu amigo.
Beijo, caro Poeta Manuel.

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