quarta-feira, maio 09, 2018

VERBO TRANSITIVO...


Felina vibração e dorso-cume
E olhar-amaragem
No declive…

Revoada de tordos
E morfemas de lume.

Verbo transitivo
A inventar-se libérrimo.

E a dizer-se
Sem tino...


Manuel Veiga

10 comentários:

_ Gil António _ disse...

Boa tarde. Que confusão verbal, lol

* Ouvindo o silêncio dos Areais. *
.
Cumprimentos Poéticos

Ana Freire disse...

Por vezes, haverá momentos tão especiais e intensos, que as palavras nem se aproximam, do que nos vai na alma... algo que só cada um saberá...
Pode um momento ser transitivo... ou ficar em nós para sempre... ou ficarmos nós, no momento...
A realidade, é mesmo assim... sem tino!... É por isso que se sente... e nem sempre se explica... ou se faz explicar...
Beijinho! Continuação de uma feliz e inspirada semana, Manuel!
Ana

Marta Vinhais disse...

Tropeçamos nas palavras e baralhamos os sentidos....
E podemos esquecer... ou fica para sempre na memória...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Graça Sampaio disse...

O verbo transitivo - um desbocado... Ao menos o intransitivo fecha-se em si próprio. Mas será mais feliz?!

Beijinho transitivo...

Teresa Almeida disse...

E o complemente é deixado "libérrimo" ao leitor, já que o poeta está em transe, qual morfema de lume.

Surpreendente, Manuel.

Beijo.

LuísM Castanheira disse...

no complemento, o sentido.
e esse, só o poeta tem.
porém...nada é acaso.
amigo Manuel, um abraço
gostei.

José Carlos Sant Anna disse...

Caro Manuel,

este "verbo transitivo..." me lembrou Mário de Andrade, do "amar, verbo intransitivo". E este fogo-fátuo, "os morfemas de lume", são também para não serem esquecidos...

Um grande abraço, amigo,

Teresa Almeida disse...

"Complemento", queria eu dizer.

Suzete Brainer disse...

Poema belíssimo, a se inscrever liberdade
com a pertença dos olhos, a dizer-se unidade.

Arte sempre na tua expressividade poética invulgar, amigo Poeta.

Bjs.

Agostinho disse...

Aplaudo
a tua forma enxuta
de escrever poesia.
A que te habita.
Vista de frente e
de perfil mantém-se
afiliada do belo e desci
na (a)ventura do declive:
senti na carne do verbo
a firmeza elegante da forma
da (sua) natureza.

Abraço.

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