domingo, setembro 30, 2018

SOLO DE JAZZ ...


Cada onda um corpo aberto
Em combustão mordente. E o céu
A derramar-se em azul invertebrado.

E uma litania benigna
A tomar conta
Dos sentidos.

De súbito, um sopro!...
E a beleza firme de uns seios.
Desatados.

Tange o ar nos dedos
Solo de jazz…


Manuel Veiga

8 comentários:

Larissa Santos disse...

Belo;))

Hoje » Sussurrei ao mar.

Bjos
Votos de uma boa noite.

Boop disse...

Os movimentos melódicos e inesperados do Jazz

Graça Pires disse...

Como gostei deste solo de jazz: "uma litania benigna a tomar conta dos sentidos...
Uma boa semana, meu Amigo.
Um beijo.

Tais Luso de Carvalho disse...

Os poetas, (digo, os excelentes poetas) sabem escolher e jogam as palavras como querem, atrás de brilhantes ideias e sentimentos. E o efeito só pode ser esse: criativo, lindo e tocante.
Beijo, Manuel, uma ótima semana!

Teresa Almeida disse...

Tange o ar nos dedos" do poeta e a melodia "toma conta dos sentidos".
E Charles Aznavour inscreve a saudade num sorriso rasgado.

Beijo, meu amigo Manuel Veiga.

Agostinho disse...

"Tange o ar nos dedos" diz tudo da harmonia do acorde com num tom dissonante. É jazz.
Abraço, Poeta.

Ailime disse...

Boa tarde Manuel,
Um poema magnífico que só grandes Poetas sabem esculpir.
Beijinhos,
Ailime

MS disse...

Belo, o teu solo de jazz! Como sempre me encanta o teu poetar. E este poema, em especial.
um beijo

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