domingo, janeiro 27, 2019

JOGO DE DADOS


Uma linha recta
Uma superfície lisa
E um ponto neutro

Em cada extremo
As perdas e os danos´
De meu balanço.

E ganhos?

Invejosos deuses
Cedo os levaram
Num jogo de dados.


Manuel Veiga


5 comentários:

Graça Pires disse...

Não estão isentos de culpa os deuses de outrora. Nem os de agora…
Magnífico poema, meu Amigo.
Uma boa semana.
Um beijo.

Olinda Melo disse...

Como num jogo aleatório as coisas acontecem e, por vezes,encontramo-nos de mãos vazias mau-grado o nosso esforço e a paixão com que nos empenhamos em ser bem sucedidos.

Um belo poema, meu amigo.

Abraço
Olinda

José Carlos Sant Anna disse...

Caro amigo,
Há sempre deuses invejosos em qualquer canto e estão sempre acima das contingências... das exclusões e das comunhões... O importante é não perder a liberdade na "superfície lisa"...
Um forte abraço, meu caro amigo!

Teresa Almeida disse...

Jogas as palavras de forma primorosa. Lanças os dados ... e a cobiça anda sempre a rondar ...

Amei.

Beijo meu, amigo Manuel.

Quase Cinderela disse...

Maravilhoso!
O jogo de dados da vida...
Adorei
Beijinho

ESCULTOR O TEMPO

Escultor de paisagens o tempo. E estes rostos, onde me revejo. E as mãos, arados. E os punhos. Em luta erguidos…  S ons de fábrica...