No fundo da terra há sempre
Um húmus insuspeito, uma semente, uma promessa...
Talvez um parto...
Talvez um grito,
Ou uma dor por abrir...
Talvez uma tensão na hora de soltar-se...
Há sempre na noite
Um dia imprevisível, uma esperança calada...
Há sempre uma morte que se faz vida...
Há sempre o vermelho e o trigo...
Sabe-se lá quando pode explodir uma flor...
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34 comentários:
É... nunca se sabe.
Sabem-se fortes suspeitas, que se vêem na paisagem, como o sangue que irriga a terra.
.
Como gostei!...
.
[Beijo.]
é, meu Amigo: tempos difíceis, esses... algum dia terão sido mais fáceis?!... vez por outra...
"Um húmus insuspeito, uma semente, uma promessa..."
... fazem com que o povo dance de alegria, como se as trevas da ignorância e da opressão não fossem mais toldar a vida.
quando tantos abandonaram/abandonam os ideais de um mundo melhor, igualitário/fraterno, em nome de uma "liberdade" que condena todo o planeta a um consumismo estúpido/suicida, é bom, é necessário que os versos, teus...
"Talvez uma tensão na hora de soltar-se..."
nos relembre que...
"Há sempre na noite
Um dia imprevisível, uma esperança calada..."
... e essa Esperança, livre e livradeira! - faça com que a verdadeira Liberdade saia das masmorras dos impérios carcomidos pela corrupta ambição que mantém bilhões de seres alienados: presos à lama, quando poderiam alçar vôo... alçar vôo, como um pássaro (uma gaivota? por que não?!)... alçar vôo, de certa forma como o perfume d'uma rosa a se espalhar...
"Sabe-se lá quando pode explodir uma flor..."
Vou ali e já volto.
Beijinhos.
pois é...nunca se sabe mesmo.
e, eu, só sei que nada sei...
beij
as flores explodem quando menos se esperam....as do deserto é durante a noite. secreta.
e são brancas.
e intensamente aromáticas.
tempos de espera.
tb neste país. que desespera.
.
abraço.
poucas coisas poderão ser
mais secretas...
~
um poema que é vida...em forma de flor!
boa semana
beijos
muito bonito, este poema. um beijo.
Talvez um parto...
Talvez um grito,
Ou uma dor por abrir...
Belo o poema.
Um abraço.
Sabe-se lá, de facto.
Feliz semana.
É sempre um segredo, um imprevisto, quase um milagre que vai de encontro à esperança calada.
Um poema lindo.
Juro que leio pela segunda vez e pela segunda vez recorda-me sempre A L E N T E J O.
(palavra que não são influências do Zeca)
É uma imagem constante. O vermelho e o trigo, uma semente e uma promessa. a terra que grita. alentejo dourado.
Beijo
m.
lisonjeia-se a associação ao Alentejo. grato.
mas como a IMF fez notar até no deserto pode explodir uma flor...
beijo
Esplêndido!
Talvez uma papoila, uma cor, uma esperança.
Constrois o teu poema com a força das coisas primordiais, e as palavras vão-nos insinuando o sobressalto da esperança. Poderoso!
uma tensão, falas da terra, mas podias falar de outras, muitas em que mergulhamos e nem sempre há parto, às vezes só mesmo a possibilidade sem a explosão.
gostamos de poesia, tu sabes.
quando nos dás o prazer de vir tomar um cházinho connosco
(Loulou + Nini)
Salvé Herético!
De... seu poema a essência brota.
De... sua vida a suspeita dum olhar.
De... sentires o hino á mulher se solta
De... ser pai, se calhar!
Você não pára de me surpreender!
Cumprimento-o!
Mariz
Saúdo-o, como sempre:
ESPAVO!
da imoprevisibilidade.
Que sensibilidade tão primordial
feita poesia...invejável a fruição estética de uma manifestação vital tão valiosa...que escutas e observas em todo o pormenor e a que dás a grandeza poética apropriada...para além de filósofo, poeta. admirável.
abraços
"No fundo da terra há sempre
Um húmus insuspeito, uma semente, uma promessa..." Gosto da frase...
Bjs
Muit bom!
Gostei sim!
:)
Herético
Lindissímo este poema que nos remete para um campo vivo e insurgente, que não se resigna aos pés que o pisam, que se assume em toda a sua plenitude.
Abraço
" (...)Há sempre na noite
Um dia imprevisível, uma esperança calada...(...)"
É, também, à noite que "todos os gatos são pardos". Sorry
Abraço
Paulo
não dizem que o Alentejo para lá caminha? oxalá se enganem
e
a IMF é ela própria um oásis.
Noite estrelada.
Beijo
Como as super-novas. Que são superes e são novas. Aleatórias e imprevisíveis. Oh, sabe-se lá!... Sabe-se lá de quanto caos precisa uma estrela para nascer (e para dançar). Que sabemos nós dos quantos, dos quandos e dos comos!?...
A pungência desse poema nos comove. Bravo! Bela criação. Grande abraço.
Há sempre aspectos positivos nas más situações. O que é preciso é saber vislumbrá-los...
Excelente poema (não fazes por menos, já vi...).
Abraço.
Força camarada
Porque no fundo
no fundo
há sempre
quase sempre...
de excelência... gostei tanto.
"Há sempre na noite
Um dia imprevisível, uma esperança calada..."
este seu "lado" também é uma maravilha...
bom resto de semana
um sorriso :)
Deixo o abraço aqui, porque me explodiu um bom sorriso/flor.
Ah...o tempo (hoje todos os meus coment. começaram assim...) o tempo curva e corre, dando atenção ao que tantas vezes não presta, não era preciso, se escusava perder tempo,
escorre,
lesto.
E não chega.
Mas é bom passares com a palavra que vagamente a diversão se espalha.
Fica bem!
Tudo é possível! A flor nasce sempre que o homem quer!
Beijinhos
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