UMA EXCELENTE NOTÍCIA !,,,,´
Beijos e abraços
| segunda, 2/12, 13:53 (há 1 dia) | |||
A sua obra também já está à venda na Ipê das Letras, no Brasil.
UMA EXCELENTE NOTÍCIA !,,,,´
Beijos e abraços
| segunda, 2/12, 13:53 (há 1 dia) | |||
|
.
Flor é uma flor, é sempre flor!...
Música é música - é outra música…
Música e flor em MI maior
Perfume de dor na dor de meu amor...
Sopro de flor - aquela dor na minha dor
Perfume de música em Dó maior.
Música e flor em redor - na dor da flor.
Música e dor de meu amor...
Sopro de música - flor de amor!
Perfume de flor em LA menor
Na dor da flor. Música e flor
Canto de musa a meu favor.
A mesma música – a mesma flor…
Timbre de flor em SOL maior
Música e flor na dor da minha dor
Em vão, a flor na música da dor!...
Guardo música e flor na dor maior.
A meu favor – canto, musa e flor.
Perfume e dor de amor maior
No canto e na dor de um trovador!
Manuel Veiga
1.Sou este chão e esta mágoa
Caliça do tempo em redemoinho
A embargar os olhos gastos…
E, no entanto, a terra desmedida
Como quem acerta contas.
E o fio de água e os gretados lábios
E o rumor dos sonhos.
E os ecos.
E as maçãs emolduradas
E o fio de prumo
Em que me despenho
E inscrevo na incisão
Do sangue
Rito de passagem
Em que me digo filho e pai
E me acrescento
E sou o mesmo.
Terra minha
E o Mundo inteiro!...
2. Evoco os nomes e os gestos. E o tempo
circular.
E os mistérios. E os murmúrios.
E o cirandar das mulheres. Tecedeiras.
Sábias.
Sibilas. Herdeiras de outroras. E auroras.
A raiar tarefas. Lestas.
E a distribuírem o pão.
Por cabeça
E a canícula.
E a sesta.
E o benigno freixo…
E a ceifa. E o vinho, em círculo, de mão
em mão
Servido. E de boca em boca sorvido.
E as gargantas ávidas.
E a revoada de tordos espantados.
Em meus olhos.
Agora húmidos.
E as jaculatórias. E as preces. E os
cânticos.
E os sinos. E as festas. E o donaire das
raparigas
E púberes seios em meus dedos
E a poeira dos caminhos
E fio invisível das coisas
Que religam. E tecem. E se intrometem
E nos guardam.
Bênçãos. Sejam!...
E o trilho de meus passos.
E a cavalgada dos sonhos. E os enganos.
E os fracassos. E as partidas. E os
retornos.
E aquele abraço. Erguido do chão
Como quem aguenta todo o peso do Mundo.
Em seus braços…
3.E o nome do Pai. E em louvor da
Terra-Mãe.
Evoco o gesto largo. E nobre.
De quem semeia
E pouco colhe.
Sou esta raiz. E esta sede
E o fio de água
E esta poeira
Calcinada…
“Ecce
Homo!…”
Manuel Veiga
Uma carta que a memória guardou no cofre das emoções.
Sem
resguardo. Antes, com a desenvoltura das palavras presas numa sensualidade
sentida ao sabor dos parágrafos descritivos, numa viagem ao futuro do antes, do
agora, do que sempre o escritor escreve
do que, sendo ficcionado, foi sentido, pressentido, ou não.
Ou
apenas um sério fascínio pelo corpo desejado.
Uma
carta antiga para a moderna idade dos que amam e se projetam em cada palavra
nua.
Um
dizer envolvente. dizer de pontes e de atravessamentos que nos leva num selo
imagético a caminho de um agora, presente, novo e acutilante.
Este
é um registo que se cola e cala.
Uma
carta registada com aviso de receção em que o Manuel
Veiga
nos cativa e convoca a “sim, escreve-me, lendo-me”,“recebe-me e traduz-me”.
Somos
a memória dos sentimentos sentidos.
Somos
assim com o autor, Manuel Veiga.
Isabel
Mendes Ferreira
Leve
fissura apenas. Milimétrica
Tensão
da espera
A
corroer por dentro
Sem
plano
Ou guia...
Apenas
o murmúrio de água
Sobre
a pedra. E a alquimia do verso
E
o incauto morfema
E
a inquietação do poeta
A
engendrarem as cores
Do
poema.
E
alegrias da hora presente
E
na escrita maior
Do
Mundo!...
Manuel Veiga
Antes do magma .e do rasgar do Tempo
Nesse
etéreo lugar - enunciado das coisas
E de todos os nomes
Nessa
órfica placenta, onde
Se
desenham todos os rostos
E
todas as coisas fluem
Em
sua mútua simpatia
E
singular gesto
De
se enunciarem
Nesse
mundo orquestrado
Na
usura de absolutos silêncios
E
ignotos territórios ..
No
infinito-presente
De
todas as singularidades
Ergues-te
do barro e te sublimas
E
explodem, então, todas as cores
E
se fecundam solares
Todos
os prenúncios
E
digo-te então Sibila
E
te nomeio depuradora
De
essências
Como
se foras não apenas fantasia
Mas
poema. E amorosa
Invenção
minha…
Manuel Veiga
Felizes, os dias felizes e os dias de sol
Luminosos
como a inocência de uns olhos inocentes
E
as amáveis coisas que nos rodeiam
E
a delicadeza dos nomes
Que
enunciamos…
E
um corcel a latejar no peito
Pronto
a soltar-se no inesperado
Em
fusão de Liberdade…
E
os ardentes anseios que vinculam
E
ligam e religam a consciência dos homens´
Ao
devir da Humanidade.
Manuel Veiga
Assento
meus passos nas raízes
Que
talham meu porte
E
prossigo
Minha
sede
É
murmúrio das nascentes
E
calor de solstícios
Por
vezes me detenho. Nas margens
E
no encantamento das paisagens
E
demoro-me
Na
lágrima. Que inesperada
Faço
minha. E bebo em tremura
De
lábios gretados.
Sou
onde me fixo. E os ventos
Me
levam. Precários são meus gestos
E
serenos meus caminhos.
Irrompem do donaire primaveris
Cascatas. Que o outono acolhe
E
matizadas cores.
São
os olhos pomares. E veredas
Debruadas.
E o amável gesto
De
colhê-las. Maturadas na espera
De
bocas sôfregas…
Libertos
os corpos e
Serenas
águas!
Uma leve sombra
E algumas palavras crespas
Pequena
ruga na cambraia
Dos afectos – murmúrio de brisas
A
adejar na pele…
Em
verdade – coisa de nada!..
Apenas
frémito alvoroçado
E
o cântico de água
Na
cascata
De
teus olhos
Que
os jardins onde poisamos
São
pomares em nossos lábios
E
aroma de amores
Perfeitos
A
dizerem-se sede
E campo de folguedos
Tão nossos....
Manuel Veiga
Passeio-me
nas ondas de teu corpo
E
o oceano é alvoroço.
E
naufrago. E me entrego
E
em ti desembarco
E
te percorro. …
E
em ti me espraio
Em
murmúrios
De
limos
E
em sinfonia
De
corpos…
Manuel
Veiga
UMA EXCELENTE NOTÍCIA !,,,,´ Beijos e abraços Camila // Atlantic Books segunda, 2/12, 13:53 (há 1 dia) para mim Boa tarde, Manuel Veiga, A...