Talvez o caos seja apenas a rosácea
Antes do fogo que os dedos tecem no cinzel
E a pedra a absurda permanência da forma
Em si fechada...
Talvez a poalha do tempo fecunde novas cidades
E as ínfimas coisas se ordenem e expludam
Como corolas em delírios de cristal...
Talvez a vontade dos homens seja excesso
E rasgue as veias das galáxias
E o surdo rugir do mundo inunde a consciência
Dos escravos...
Talvez a Palavra seja inóspita
E os hinos sejam derrocada das muralhas...
domingo, novembro 16, 2008
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27 comentários:
Numa palavra: brilhante...como pode a liberdade libertar o escravo? o teu poema abre leve mas densamente esse reencontro, talvez pra sempre utópico..mas belo e precioso....
abraços.
...e novos hinos possam acompanhar as palavras habitadas.
Abraço
Lembra-me algo.. como a destruição e a reedificação de uma nova Jerusálem
beijo
ESCRAVOS?!
JÁ SÓ HÁ senhores.
Denso
Muito denso
Tive de ler, reler, treler...
Ou seja: obrigou-me a pensar!
.))
por último
talvez tudo seja
na da?
beijo
~
A vontade dos homens... uhm... pois não sei. Essa parece-me cada vez mais medrosa. Mais lenta. Menos capaz.
Mas não sei...
Talvez haja alternativa
(mas aqui neste paízinho à beira mar deixado... não sei, não sei.)
Intenso. Bem mais do que intenso.
Falas-me de luta e de hinos.
Vou. E canto contigo.
Beijos
e beijos
:)
Talvez, amigo!
Resta-nos esperar que sim e cantar versos!
Um abraço
Talvez... talvez a palavra fuja a todas as tendências e a todos os condicionalismos!
Talvez...
.
[Beijo...@]
sim, a/s palavra/s são
quase sempre
inóspita/s.
inóspita a palavra???
não creio...resta-lhe pelo menos a força da utopia
beijos
Talvez o poeta não se canse deste seu dizer tão pessoal...
Gostei imenso do poema. Um abraço.
talvez, mas quando?
agora folha agora[esquecer perder-se de entrar,
Talvez, tudo.
Beijinho*
A vida é um excesso de muralhas
que urge derrubar
também com palavras
É. Bjs.
Será? Talvez é aquela palavra que nos abre (ou fecha) portas. Nunca se sabe. Talvez... Continuas a rasgar em palavras de muita beleza caminhos de esperança. Mas não se pode evitar a derrocada das muralhas. **
o poder da palavra
o poder dos teus poemas.
:)
Talvez...talvez...
Fica bem!
Não podes retirar as letrinhas?
É que já é terceira vez!!
Talvez...
Mais um magnífico poema.
Gostei, brilhante.
Abraço.
"Talvez a vontade dos homens seja excesso
E rasgue as veias das galáxias"
Talvez...
Bom dia Herético
As palavras são atiradas para um lado, para o outro, inóspitas ou fecundas, provenientes de todos os tipos de homens, bons, maus, assim assim, estúpidos, inteligentes, etc etc.
E depois são lidas ou não, interiorizadas ou não, podem ser bem ou mal interpretadas, distorcidas ou manipuladas...
Mas no sentido que quiseste dar subscrevo a opinião da CARLA e claro, da VV.
Um beijo,
Stella
Rosáceo caos. Tão bonito e convincente que é possível enxergar a famosa luz no fim do túnel.
Um abraço!
Voltei e encontrei a força deste teu poema.
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