Amanhã é dia 25 de Abril e esta data comemora-se na rua em festa e em luta. Em Lisboa, o desfile comemorativo da Revolução inicia-se às 15 horas, no Marquês de Pombal e, após descer a Avenida da Liberdade, culmina na Praça do Rossio. As comemorações são promovidas por dezenas de personalidades e associações cívicas e políticas que subscrevem o apelo para a participação no desfile.
No documento, realça-se que celebrar Abril através de um grande desfile popular “traduz o apego e a vitalidade que o ideário democrático encontrou nos portugueses, pelo que trouxe de concreto na instauração das liberdades, na soberania nacional, na elevação das condições de vida do povo, na política de amizade e paz entre os povos”.
Realçando a grave crise que afecta o País e o mundo, o apelo destaca que o sistema capitalista, no seu estádio neoliberal, “parece ter entrado em ruptura”. Confrontada com esta situação, acrescenta-se, a Humanidade atravessa “um momento de perplexidade, indignação e angústia”.
Perante a “passiva tolerância dos poderes políticos”, a especulação financeira sobrepôs-se ao investimento produtivo e “os direitos conquistados durante gerações, pelos trabalhadores, foram gradualmente postos em causa pela alteração das relações de trabalho” e pela deslocalização sistemática das empresas. “O desemprego e a precariedade alastraram-se simultaneamente com a desigualdade empobrecimento», destaca-se no texto.
O apelo sustenta ainda que da situação actual “ressalta a evidência de que, uma vez ultrapassada a tempestade, nada poderá continuar na mesma”. E para que isto suceda há que “manter o espírito aberto à assumpção de novos paradigmas comportamentais e políticos”. Inclusivamente manifestando a “disponibilidade para enterrar as velhas ideias que, durante tanto tempo, foram apresentadas e vendidas, pelos beneficiários do sistema, como a versão mais genuína da modernidade”.
Reafirmando que a crise “não poderá servir de cobertura para perpetrar arbitrariedades e violências contra os trabalhadores, nem tão-pouco para absolver quaisquer caprichos ou incompetências do poder”, os signatários do apelo salientam que é “apenas no quadro da democracia e na linha da Constituição de Abril” que poderão ser encontradas as soluções de que Portugal necessita.
Viva o “25 de Abril”!...
sexta-feira, abril 24, 2009
25 de Abril, Sempre!
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19 comentários:
Por lá, a desfilar, nos encontraremos, Camarada...
Beijos
Um cravo para ti.
Não esquecçamos Abril.
Um beijo
quando uma criança nasce não vem a saber andar, falar ou ler, ser educada e cordial, não sabe contar, não canta, não toca viola... enfim... sabe mamar, dormir, fazer xixi... nasceu um ser humano, que tipo de ser humano, vai variar consoante a forma como for alimentado, ensinado, educado....
o 25 de Abril foi o bebe que nasceu e nós... eramos os pais, os amigos, os professores, os médicos...... que lhe proporcionariamos o crescimento saudavel (ou não)
portanto, se hoje o bebe não é o melhor adulto do mundo, não se culpe o bebe porque ele já teve muito trabalho para conseguir nascer!
beijo
sempre!
sempre.
o abraço!
25 de ABRIL
SEMPRE!
Venho desejar-te um 25 de Abril de esperança e alegria!
Abraço fraterno.
Viva, e que não se esqueça, nunca!
Beijinho, e um cravo*
bjnh de abril..................
Meu caro herético,
Que o cheiro dos cravos vermelhos
se torne inesquecível...nesta data tão simbólica...
abraços,
Nem me atrevo a comentar. Um jarro para ti (não gosto de cravos).
beijinho e bom fim de semana
Caro Herético!...
Votos de um 25 de Abril bem "vivenciado"!...
Abraço,
Alvarez
Não conheço o texto, mas destaco:
"Perante a passiva tolerância dos poderes políticos, a especulação financeira sobrepôs-se ao investimento produtivo e os direitos conquistados durante gerações, pelos trabalhadores, foram gradualmente postos em causa pela alteração das relações de trabalho e pela deslocalização sistemática das empresas. O desemprego e a precariedade alastraram, simultaneamente com a desigualdade e o empobrecimento."
Até quando? Depende de nós.
Viva!
Sempre!
:)
BJS
Viva, pois claro, pelo menos no coração daqueles que o sonharam. O que queríamos era que o 25 de Abril fosse um ideal que correspondesse à nossa vivência diária. A vivência dos que se lembram e dos que ainda nem tinham nascido. Não me parece que seja assim mas, apesar disso, relembrar ainda é exaltante e comovente. E ninguém retirará a este dia a fundamental importância que tem na história deste país. **
25 de Abril
de novo
se não for com cravos
seja com papoilas
mas sempre Abril
com memórias
Abraço de camaradagem
tio herético,
um beijinho..
(venho oferecer-te uma flor...)
Chuac!_
Já enviei a alguns amigos de blogs portugueses, mas uma bonita homenagem jamais envelhece:
TANTO MAR
(Chico Buarque)
Versão 1975
Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
Versão 1978
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto do jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta a primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim
Um abraço!
P.S.: enquanto você livravam-se de um ditador, aqui, estávamos no auge da ditadura.
Abraço de Abril estendido a Maio.
Não desci a Avenida, mas subi a outras partes. Fui ver de Abril noutras paragens, que ele há carência de Abril pelo País inteiro.
Mas estive tanto com os que se manifestaram em Lisboa, como bem espero que tenham eles estado comigo lá pelos interiores por onde andei.
E por tudo quanto dizes - e que subscrevo - cada vez me parece mais necessário que ser Abril seja uma atitude, uma forma de estar na vida, em cada dia, em cada momento.
Nem tanto por militância, mas por algo mais interiorizado, que por assim ser, se confunda em nós e de nós não se distinga, como peça de roupa descartável. Não pode haver «Abril a prestações».
Abraço.
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