Talvez a vibração que tomba a folha
Seja frémito do húmus no âmago da terra
Ou murmúrio de água.
Sortilégio de milagres em aridez de cinza...
Talvez alvoroço de esperança
Em corações de pedra.
Ou utópica planta que de tão avara se solta...
Ou música inacabada tecendo o sonho.
Gérmen no frio das estepes em demanda
Ou sede dos desertos escalando os muros
Das cidades...
Talvez a arqueologia de afectos esteja
Inscrita no negrume das coisas
E a vertigem seja o pão dos homens...
E as noites de agora meridianas claridades...
Talvez o barro seja espera ou fruto proibido
E minha fome a dor da Humanidade...
..............................................
Bom fim de semana...
Venho já. Breve ausência...
Beijos e abraços.
sexta-feira, agosto 07, 2009
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21 comentários:
muito intenso esse sentir...
ao acaso aqui vim e fui fluindo sentires em "Murmúrio de água..."
abraço...
Que o murmúrio da água te acompanhe nestes dias de sossego.
Um beijo
Hummmmmmm gostei! Não compreendo os poemas longos...mas este entrou!! Beijos. Volta...
Poesia da que gosto, sem amor nem rodriguinhos.
Vou pondo os livros e os DVDs em dia, longe da confusão.
Muito intenso o teu poema. Delicio-me com a leitura várias vezes feita.
Bem-hajas!
Bom sossego!
Beijos
Mais um belo poema de esperança.
Um abraço
A vertigem É o pão dos homens!
Boas férias, amigo!
“A frouxidão no amor é uma ofensa,
Ofensa que se eleva a grau supremo;
Paixão requer paixão, fervor e extremo; eu ardo, eu gemo; eu choro, eu desespero, eu clamo, eu tremo…”
Andando pela net, descobri esta poesia de Bocage.
Como estou de acordo com o 1º dos versos:
“A frouxidão no amor é uma ofensa…”
Pergunto, qual a tua opinião?
Vem, diz-me o que achas.
Para mim:
No amor tudo deve ser sentido e vivido com bastante intensidade.
Bom Domingo.
Beijos
Que a ausência seja por uma boa causa!!!
Gosto de todo o poema, mas este verso "E a vertigem seja o pão dos homens" fica-me particularmente marcado. Tem que ser, não é? Ou não vivemos, na realidade.
Como sempre,um prazer renovado, a tua poesia. **
A vertigem é uma riqueza que certa scriaturas não conseguem alcançar...
O poema me agradou, claro.
Boa semana para ti...ou agradáveis férias!
o barro
acabou
? transformou-o deus,
[ agora fala, fala o barro,
boas férias!!
beijo
~
.
um murmúrio de água que embala o sonho e mata a sede dos desertos. um belo poema, este que nos deixas. boas férias, se for o caso. beijos
Temos poeta... :)=
Abraço e boas férias!
Fico a ouvir o murmúrios.
Bom descanso, ainda que breve.
Um belíssimo murmúrio.
Que se ouve alto e bom som...
Boas férias, se for o caso.
Abraço.
Contigo
pelo sonho
é que vamos
Talvez a esperança renasça numa manhã de nevoeiro...
Talvez a fraternidade consiga unir os homens numa vontade única...
Talvez a palavra amor consiga ser o pregão de cada dia!
Há muito tempo que não passava por aqui, mas o que li deixou-me uma enorme satisfação por sentir que continuas a escrever muito bem.
Boas férias
Um beijo
O pêndulo marca a hora...
Continuação de boas férias.
Abraço
Tal qual a calma do meu "pescador", lembras-te? Ensimesmado, olhando a placidez da água.
Só a calma se entende assim, murmúrio.
Bjinhos
"Talvez alvoroço de esperança
Em corações de pedra"
Talvez. Talvez.
Um abraço.
Talvez esse murmúrio de água...
Talvez um poema assim...
Talvez ainda a esperança...
Um beijo.
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