Solitária escrita de teus passos
Ténues marcas sobre a praia ainda virgem
E a descoberta do infinito manto de nada
E o prazer íntimo de caminhar descalço
Pura sensação de tudo...
Nada nos pertence. Apenas o solicito olhar
Sobre o grão de areia que somos
E a cálida brisa no rosto
Onde derramamos os afectos...
Assim a vida,
António.
domingo, novembro 01, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
MÚSICA E FLOR
. Flor é uma flor, é sempre flor!... Música é música - é outra música… Música e flor em MI maior Perfume de dor na dor de meu amor... Sopro ...
-
Irrompem do donaire primaveris Cascatas. Que o outono acolhe E matizadas cores. São os olhos pomares. E veredas Debruadas. E o a...
-
Passeio-me nas ondas de teu corpo E o oceano é alvoroço. E naufrago. E me entrego E em ti desembarco E te percorro. … E ...
26 comentários:
Assim a poesia... tão bela, que aqui deixas.
Beijos
Beleza maior que a dos passos livres de uma criança não existe, por certo.
Saber dizê-la desta maneira, só possível a quem bebe cada aragem, cada rumor de areia, que se liberta d'infantes passos e alia a este a arte genuína.
Belíssima a sua lírica, Herético.
Abraço fraterno
Mel
:))
Assim a vida,
como diz!
Enquanto por cá andamos pelos jardins (e estrumeiras) da época!
Forte abraço
Lindo! Pegadas de ternura.
Abraço
OH, caro Amigo !
Quase me faz chorar com tanta beleza!
Um bisou da sua
amigona
Loulou
Assim a poesia - límpida, pura, enxuta.
"Nada nos pertence" Apenas, por inteiro, as palavras e o silêncio...
Um belo poema, amigo, com uma fotografia a desafiar a memória da nossa inocência.
Beijos.
"o grão de areia que somos" e a imensidade dos afectos. Lição de Vida para o António. Uma praia de ternura.
Assim a vida.
Beijos.
Poema cheio de ternura
Abraço amigo
na senda mágica da criança, a brisa poética do adulto...que é un encanto comovente...Lindo.
Abraços,
véu de maya
Este teu poema fez-me lembrar António Ramos Rosa:
"Amar esta sombra que desliza e que é talvez já a presença que nos foge"
Bravo!
Abraço
o António.
lembro-me tão bem de quando nos disseste da sua chegada.
um abraço grande para o avô poeta.
para ele fica este mundo que nunca sabemos...
"Nada nos pertence. Apenas o solicito olhar
Sobre o grão de areia que somos"
Esta é a verdade incontornável.
Que soubeste dizer neste magnífico poema.
Gostei, tem qualidade poética.
Abraço.
Um olhar poético de reflexão e ternura. Tão belo... **
um prazer ... passar por aqui........................
Bonito poema da vida.
beijo
tão belo o teu poema! essa nossa pertença, os gestos simples, descalços, o que somos, os nossos afectos, os nossos olhares sobre a vida, bonito!
A tua lírica tem destes momentos!
'E a cálida brisa no rosto
Onde derramamos os afectos... ' - Sinestesia de emoções puras!
Um beijo afectuoso,
Lamento só agora estar a visitar os 'amigos' que tão amistosamente me foram procurando, apesar de ter estado impossibilitada de
retribuir, neste último mês e meio,
quase :(
Pego nas belas e inspiradas palavras que Mel de Carvalho e Nilson Barcelli já te deixaram e recomponho o ramalhete merecido por tão belo poema.
assim se faz poesia.
Onde derramamos os afectos...
esta estrofe está belissima.
bom fim de semana.
beij
lindíssimo, tudo.
Beijos para o António também.
:)
Dizem que os avós são pais com açucar. Agora imagine quando o avô é poeta.
Vida longa ao Antônio!
Um abraço para os dois!
Uma certa ternura triste aqui encontro, neste belíssimo poema. Talvez porque as crianças nos fazem sentir e pensar a vida de outro modo. A nossa, que foi e é, e a deles que é e será também.
E a fotografia que aqui estava era uma maravilha.
Enviar um comentário