“Manuel Alegre é o único pré-candidato assumido às eleições presidenciais de Janeiro de 2011. Mas, desde a disponibilidade publicitada em Portimão, o aspirante a inquilino do Palácio de Belém fez voto de silêncio sobre tudo o que seja incómodo para o Partido Socialista.
É compreensível! Afinal, Alegre precisa, desta vez, do apoio do seu partido à ode que começou a escrever na noite em que, há quatro anos, foi derrotado por Cavaco Silva...
Mas onde andará o inconformado poeta que ninguém calava? Que é feito do deputado (que já não é) insubmisso, e que tantos engulhos causou ao PS, por se reacusar a acatar a disciplina partidária?
Onde esteve afinal Manuel Alegre na semana em que o Governo do seu partido apresentou o Orçamento do Estado, que contará com a condescendência do "bloco conservador", que tem a "grande tentação" de se "reagrupar" à volta do actual Presidente da República?
Uma vez viabilizado na Assembleia da República Orçamento do Estado, com o apoio implícito do centro-direita - por mais cominhos alternativos que tivesse -, torna-se evidente que PSD e CDS terão menos margem de manobra para fazerem oposição.
A luta contra o Governo, até por via dos inúmeros constrangimentos orçamentais, irá pois transferir-se, de novo, para fora de São Bento. Aí, espera-se, já os socialistas terão desfeito o seu tabu presidencial. Ou apoiam Manuel Alegre ou não apoiam...
Então, os funcionários públicos, castigados e sem aumentos não hesitarão em sair à rua juntando-se aos enfermeiros e a professores, aos polícias e aos militares, aos juízes e aos magistrados. Todos, enfim, vítimas da "obsessão" com o défice público.
Ao seu lado estarão os partidos de esquerda, (...) com a autoridade de quem votou contra o Orçamento...
E nessa altura, ao lado de quem estará Manuel Alegre? Na rua, lado da esquerda com quem flirtou nos últimos quatro anos, por exemplo, nas poltronas do Teatro da Trindade ou da Aula Magna, em Lisboa?
Ou algures numa aldeia esconsa a jantar com um punhado dos seus apoiantes e poupando o PS, correndo o risco alienar boa parte do seu capital político?”
Nuno Saraiva, Subdirector do “Diário de Notícias” – 30.01.2010
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Entretanto, o “Manuel” procura jogar ao berlinde com o senhor Belmiro de Azevedo...
Uhummm... Bate certo!
sábado, janeiro 30, 2010
..."e agora, Manuel?"
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4 comentários:
O merceeiro mor não joga ao berlinde. É mais ao "bate em todos".
Abraço
Como diz o Lino,tira o grande merceeiro deste filme. porque ele é um "abafador".
Abraços
.
Podem jogar ao berlinde, mas quem tem o abafador é o belmiro...
Beijos
Herético
Sou uma fã do que escreve Manuel Alegre. É um poeta de mão cheia como poucos o são. Um homem das artes e da cultura. Um resistente e um democrata.Mas, a meu ver, um mau político. A pressa desta candidatura atesta-o bem. Também não gosto das suas irreverências dentro do PS mantendo nele a sua militância e os seus interesses. Mas enfim, logo se verá.
Abraço
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