Derrama-se o canto sobre a mesa alva.
E a noite fria. Agora é este lume na estrela
De teus dedos murmurados. E a frágil linha
De teus cabelos brancos escorridos...
Meu rosto são teus olhos...
Arfar do peito meu. Agora esta miragem
No esconso tempo. Desprendo em teu regaço
Lírios de outrora. E componho o musgo e a hera.
O menino sou eu. E a lágrima é tua lá no Céu.
Dulcíssima a Hora...
Ilumina-se o esplendor dos anjos em redor.
Meu vagido, teu seio. E este milagre de ti.
Não há incenso, bem sei. Apenas a Mulher parida
E o filho incréu. De joelhos entoando tua benção:
"Gloria in excelsis Deo!..."
15 comentários:
Belo! Ternurento!
Comoveste-me...
(não era suposto :) )
Beijos.
Hoje o teu poema foi meu e também seguiu para o céu com uma lágrima de saudade.
Obrigado Amigo
Um abraço
Daqueles que ficam cá dentro. Obrigada.
Grato pelas tuas palavras
abraço-te
Belíssimo poema! Um Bom Ano de 2011.
Abraço
O Natal faz-se com este poema.
Beijo
Um Feliz 2011!
O incomensurável, insustentável, inenarrável, ainda que querido peso que uma criança nos faz sentir...
Um excelente ano de 2011 (poético, também) para ti e para os que te são queridos, meu amigo.
Jorge Castro
belíssimo poema! hoje, «o menino sou eu», somos nós...
abraço grande e votos de um Bom 2011.
Mãe abençoada que tal filho pariu para que pudesse assim lembrá-la!
És ainda o seu menino e o serás para sempre, enquanto assim bater o teu coração.
Bom Ano para ti e para os teus.
Um beijo
Belíssimo. Parabéns.
Um ano bom e obrigada pela companhia atenta e generosa.
:)))
Sublime, meu caro.
Que 2011 nos traga saúde, paz e melhores soluções para o Mundo.
abraços,
Véu de Maya.
Querido poeta,
Que o Natal tenha sido de paz e tranquilidade...e que em 2011 possamos todos tecer os sonhos diante da realidade da vida.
Paz, saúde, amor e prosperidade nos dias futuros.
Beijos,
Genny
P.S. Ando um tanto sumida...em férias...alternando dias e dias na praia...caminhandas nas areias e pensando na vida.
Comoveste-me, Amigo. Tudo de bom pra ti.
... Quando quem luta pelo esclarecimento e pela não acomodação humanas chama a si mesmo de “incréu”, ouve-se em resposta um riso e depois um comentário: - “Glória a ti, Poeta!” – quem o diz é Papai do Céu.
Poema de sensibilidade comovente! Como gosto de teu poetar!
Aqui vim com muita amizade deixar meus votos! Feliz Ano 2011!
Um beijo,
(... tenho sentido a tua falta em 'fragmentos'...)
Belo cântico de Natal. Filho que sempre renasce para ser abençoado pela Mãe.
Comovente.
Bom Ano, Amigo.
Enviar um comentário