segunda-feira, junho 13, 2011

CORO DE DESAFINADOS...


No outro lado da festa, pá
O coro de desafinados
E o bater do coração…

 (Que bem sabemos,
Os desafinados
Também têm pulsação)

E os dedos fincados, retesados
(Nunca vergados)
Setas, adversas
Nas cordas do violão…

E o lamento magoado
No corpo da canção…

E este enlevo e este enleio.

E os tons de permeio
Em jeito de fado. Vadio
Neste anseio…

Que a hora há-de voltar
No jeito em contramão
Em revoada de afectos…

Tanto Mar, tanto Mar!...










8 comentários:

GS disse...

Já não me surpreendes com teu poetar! Porque me habituei a fruir dessa mágica que possuis! E admiro-a!

Uma boa semana!

Um beijo

Mel de Carvalho disse...

Quase que consegui imaginar este poema musicado. O "pá" que já me havia esquecido e que me recordou o tempo da revolução.Foi noutro século, claro.

Bem haja e gratidão
Mel

AC disse...

Há palavras que motivam, forjadas na senda da definição do nosso destino...

Abraço

Evanir disse...

Hoje mais uma vez com uma colinha
até ficar bem e poder digitar
a vontade sem sentir dor
nos meus dedinhos.
ESTOU COM TENDINITE E
FAZENDO FISIOTERAPIA
TODOS OS DIAS.
Nem por isso deixarei de
me fazer presente a cada amizade
para mim tão sagrada.
Deus abençoe sua semana ..
beijos no coração..Evanir..
Te Amo..Te Amo...
Sou sua seguidora..

Nilson Barcelli disse...

Somos um coro de desafinados mesmo...
A única coisa que não desafina é o teu poema. Que gostaria de ouvir cantado (mas não por aqueles pás que foram ao festival... irritam-me...).
Caro amigo, desejo-te uma boa semana.
Abraço.

Virgínia do Carmo disse...

Um poema muito musical, sem dúvida. E "composto" com imensa arte. Todas as notas no lugar.

Um abraço

Jorge Castro (OrCa) disse...

Mas sempre te digo que prefiro mais alinhar no coro dos desafinados do que no dos afinadinhos... E quando afino com algo, desatino, ainda que não perca o tino que esse, em se perdendo, é de difícil retorno.

Entretanto, mais uma boa réplica e de circunstância...

Abraço.

Licínia Quitério disse...

Que bem casaste o violão, a guitarra, este lado mar e o outro, a festa e o seu avesso.

Abraço, Amigo.

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