Nada de mim agora.
Apenas Magritte na paisagemSobre a árvore
E a majestosa gralha
Cuidando as penas depois da chuva
Breve…
E o caprichoso melro circular
Em voo trinadoAssediando o galho
E o sol ligeiro
Por certo o beijo
Apenas melro e gralha
No céu
O anjo negro cavalgando a nuvem
Assim eu descendo nas asas do milagre
Sem outra grandeza ou glória
ou outro instante de lume
Apenas
A repentina gralha
E o voo do pássaro
Ou a neutra rosa
Afadigando-se em ser
Talvez Magritte
Tecendo as cores da árvore…
11 comentários:
"Isto é um poema!"
Abraço
talvez magritte, ou tão só e talvez o poeta.
gostei!
beij
Um poema belíssimo. Intemporal como Magritte.
Fraterno abraço
Mel
Adorei!
Lindo.
Beijos*
Belíssimo! Por que será que a neutra rosa, o negro melro e a repentina gralha me lembraram, de maneira subliminar, os apoiantes da "troika"?
Abraço
Apenas?
... e já é tanto
Abraço
O gênio Magritte e seus chapéus-coco a te inspirar de modo singular.
Avisto uma bela paisagem onde voce é o personagem tecendo versos frondosos .
Cavalguei poeticamente nessas suas asas do milagre sem fadiga, rs
grande abraço heretico
Concordo com JRD,isto éum poema, ou o Poema. Belissima construção, com um cheirinho de Poe, não sei se por causa da gralha. Muito bem. Abraço
Belíssimo poema em que partiste de Magritte e te refugiaste em Poe :)
Sempre surpreendente e singular, teu poetar, 'Herético'!
Beijo afectuoso
ESte poema é Grande, Grande. Voltarei para ler melhor este e os outros.
Abraço, Poeta Amigo.
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