Sob a
inquietação das pálpebras germina a dor
E a surpresa...
Nada que os
olhos não saibam...
Por isso se
fixam no azul como refúgio
E se alargam ao
horizonte cálido da solidão
De outros olhos –
peregrinos que sejam!
Há sempre uma gota
desalinhada
No orvalho das
manhãs
E uma promessa
disfarçada
Em cada gesto de
bebê-la...
Assim meus lábios a sorvam
12 comentários:
A solidão habota-nos sempre...nada a fazer!
Mas do poema, gostei.
Fica bem
Orvalhos matinais, a possibilidade de ver algum arco-íris no frescor da manhã.
Um grande bj querido amigo
"Nada que os olhos não saibam..."
Se o olhar falasse
a outro olhar que se não calasse
A promessa não se dava
disfarçada
e a solidão era nada
Uma gota. Uma lágrima por Bernardo.
sentimento de luto neste dia triste para portugal... um abraço, herético*
Uma bela homenagem ao Bernardo!
Abraço
Às vezes, o olhar se distancia como se quisesse alcançar o que já não está mais ao alcance das mãos da alma....
Abraço
uma belíssima homenagem ao Bernardo, o músico que buscava o silêncio.
um poema muito sentido.
um bom fim de semana
beij
coerência, inquietação e talento musical em sintonia neste belo poema do B. Sassetti...que descanse em paz e que pelo menos as suas criaços musicais não sejam esquecidas. Obrigado por compartilhares este poema profundo que não conhecia.
Abraço,
Véu de Maya
corrijo:
E que as suas criações musicais não sejam esquecidas.
Um artista (poeta, compositor, musico) não morre, simplesmente ausenta-se deixando as suas mensagens
Que descanse em paz Sassetti
Saudações amigas
Hereticamigo
Aqui cheguei por via do nosso AC, e que bom o ter feito.
Bernardo Sassetti teve que ser um Homem Bom. Raras vezes, neste desgraçado País, tantos se unem no dizer bem dele. Isso diz tudo.
Esta ideia de o teres trazido aqui é singular - e excelente. De tudo o que sei dele, de tudo o que li, ouvi e vi, fico com uma pena imensa: não o ter conhecido pessoalmente.
É tudo, ou melhor, é nada.
Queres ir até à TRAVESSA? Obrigado
Abç
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