Amolecem os
dedos como pássaros
Em círculo de
fios prisioneiros e o canto
Amarelecido…
Apenas o rasto da
névoa e o azul breve
Mitigando o
colapso da tarde
Sobre o Tejo...
Cacilheiros são
os dias assim furtivos
Ida e volta como
ondas sobre o cais
Desmaiadas e sem
rumo que em eco
Desfalecem...
Mar de sargaços
e de bruma.
Os olhos
embargados
E sombra sobre a
tela…
Manuel Veiga
12 comentários:
Há um "Mar de sargaços e de brumas" em cada um de nós. Há um oceano a precisar de ser limpo.
Obrigada pelas palavras amigas que me foste deixando.
Beijinho
O primeiro verso é um poema inteiro!
Uma maravilha de poema.
bj
Um quotidiano poeticamente apresentado e envolvido em bruma!
Abraço
De novo é preciso separar as águas do Tejo.
Abraço
Apenas o rasto da névoa...
Dá-nos mais
É treva, essa sombra sobre a tela
Incansáveis
os cacilheiros
Abraço
Babilónia envolta em bruma.
Olhar mitigado de nostalgia, embalado pela frustração do que resta... O pior é que a esperança se esvai.
Abraço
Vozes ao alto
Desde que se ouve a voz, aos poucos, deixou-se de ouvir os passos...
Magnífico poema, apesar da bruma.
Beijo
se fala dos cacilheiro se de Lisboa, eu ia gostar !
que poema tão belo.
gostava que escrevesses mais poesia, ou, que a desse mais a partilhar, porque deves ter mais escondida por aí....
:)
há sempre alguem com um olhar mais profundo...
abraço
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