Desdobra-se o poema em seu itinerário de luz
Antes de explodir
E na branca
claridade dispersa
Depois sopro
Advinha-se a poeira
dos dias
Côncavos
Inerte
Em bruxuleantes
acenos
Como se a
distância
Fosse apenas o
toque Dos dedos ou o gesto suplementar do voo
Ou as palavras seta...
Desdobra-se o poema.
E em seu destino volátil e alado
Devolve-se à carne dos dias
E retoma cativo
A matriz de água e o grito
Latejante no peito arfante
Do poeta...
Manuel Veiga
11 comentários:
Belíssimo!
Abraços
Sónia
Belo poema incontido
Abraço poeta amigo
Quero o lido
Inserido
Como página
de um livro
Prometes?
Soltam-se letras que dançam bailados poéticos.
Beijo
Sob o olhar atento do poeta, o poema brota...
"Claridade" "Palavras seta" "matriz da água" "grito"...
Um beijo
O poeta esse grande sofredor...
Muito bom! Muito bom mesmo!
Gostei de ler abaixo o teu poema clássico, mas este é o poeta voando pelos espaços que só ele conhece.
Tens de libertar os teus poemas em livro, diz muito bem RP, porém os editores escasseiam, proliferam os exploradores do trabalho alheio.
Ainda assim, gostaria de folhear uma obra tua com os poemas belíssimos que escreves.
Um abraço
um poema é isso, dispersa-se no etéreo como se dissolvesse como numa respiração...e se ficar escrito pode ser eterno.
abraço
O grito em cativeiro, até o peito explodir...
Abraço
Os meus dedos exigem percorrer este poema. Apressa-te!
Abraço Fraterno
Quero ver em papel, isto é, palpar.
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