(in)Submete-se o
poema ao seu desígnio
Qual barro na busca
da perfeita forma
Em
prestidigitação de dedos
Ávidos...
Demiúrgica a
palavra volve-se e revolve-se
E no vórtice arde
– coisa de nada!...
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Desamparo do
poeta a tropeçar
Nos dias do
Mundo
E em sua alma
Inquieta...
Manuel Veiga
8 comentários:
E muitas vezes é no desamparo do poeta que tropeça nos dias do mundo que sua alma inquieta vai buscar a perfeita forma dos versos em dedos ávidos...
Com a Primavera chegando por aqui mando um punhado de sorrisos que vejo espalhados nos nossos belos jardins para enfeitar o Outono que também está chegando por aí.
Helena
Sem dúvida, lindo este teu 'Desamparo do Poeta'... no entanto o desamparo da inspiração (musa) não te inibiu de escrever uma coda belíssima :
'Desamparo do poeta a tropeçar
Nos dias do Mundo
E em sua alma
Inquieta...'
beijo 'Herético
(sabes como gosto do teu poetar)
Este é o poeta!
Um grande bj querido amigo
Nunca estão desamparados os poetas
como se lê no teu poema
Abraço
É na inquietude que a poesia vive.
Abraço
Várias são as formas de interpretar os sentimentos dos poetas quando se lê o poema.
_de 'desamparo' podemos lembrar de privação mas também de excesso.
No caso repito como o poeta Vallejo_ "quem é que compreende este balbuciar?
Bom demais, heretico.
E o poema esculpe-se em equilíbrio instável mas permanece de pé. Como quem sabe estar quem é!
Abraço meu irmão poeta
talvez não seja o Poeta que está desamparado, mas apenas poucos entendem o desassossego constante da poesia a transbordar formas, sentires e cheiros.
gostei muito.
:)
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