Inesperadas paisagens
me visitam
E guardo com devoção
de caminheiro
Vêm de longe. As
paisagens.
Por vezes
murmúrio. Outras, grito solidário
Abrindo-se em eco
sem fronteiras...
Montanha e mares
fundidos. E o desgarrado voo.
Que teima. Sortilégio
ainda. Cores matizadas.
Mais que trama. Ou
ledo engano.
Apenas o azul e a
distância
Lhes dão forma. E
o sopro
Que inflama.
Caçador, eu fora.
E perder-me nos abismos.
De pés rasgados
e, em febre, a mente.
Assim, porém, me
perco. Desenho miragens
Como quem colhe
o declive ameno.
Nem falcão, nem
presa.
Nem o tenso arco.
Apenas a seta e
A curva
Descendente.
Lavando a alma
Nas paisagens que
colho
No momento.
Manuel Veiga
17 comentários:
Há paisagens assim, desenhadas num delírio que queima a alma e por isso se tornam tão belas...
Um beijo no desejo de que os sonhos lavem a tua alma nas paisagens de flores, pássaros e borboletas...
Helena
Há coisas que nos lavam a alma. Como algumas paisagens...
Um magnífico poema, como sempre.
Caro amigo Veiga, tenha um bom fim de semana.
Abraço.
A fazeres-te caminheiro para visitares paisagens com promessas de azul e distância, com voos desgarrados, com gritos solidários...Como quem acredita na magia de qualquer lonjura e de qualquer abraço...
Tão belo, meu Amigo.
Um beijo.
Sabes que gosto de visitar as tuas paisagens
para lá dos azuis
Abraço meu amigo
Bela paisagem de palavras e de sentidos. :)
Bj
Paisagens idílicas onde se perde e nos faz perder!
Que belo e emocionantes sentimentos brotam nesse seu apaixonante estilo de escrever!
Quem fica de alma lavada sou eu, Poeta!
Um grande beijo!
Gosto muito da cor azul, do que escreve e da sua alma lavada.
Gostei. Gostei, como sempre. Já sabe disso, mas é bom ouvir/ler.
Um beijo para todos, e um, em especial, para o pequenino António. Como os avós amam os netos! Eu sei, pke tive o melhor avô do mundo.
Que belas paisagens colhidas das profundezas
dos abismos de (in)quietudes, no qual o poeta
voa e pousa nas palavras que desenham o todo
de beleza talhada na excelência de sempre...
O mais importante, uma excelência movida pelo
sentir que toca a alma...
O toque da poesia é de uma beleza
inesquecível, Poeta amigo!
beijo.
Tudo a seu tempo... É chegada a hora de curvar-se diante das lembranças...
Lindo, Manuel!
Beijo!
~~~
~~ B e l í s s i m o ! ~~
~~ Beijo, Poeta amigo. ~~
~ ~ ~
Só quem tem olhos de ver sabe olhar para paisagens, não é? E fica mesmo tudo dito! Abraço.
e olhar lavando a alma do poeta.
muito belo!
:)
Por vezes vemos com os olhos da alma,,,
Cumps
Que vivam as paixões
Abraço fraterno
O falcão plana nas alturas
as paisagens da memória,
bobina e rebobina foca
e passa em câmara lenta
de volta aos viçosos vales
Muito bom, Manuel.
Lá estaremos em riste
no silêncio das urnas
Abraço sempre
As paisagens do poeta
a lavar a alma de quem as lê.
Muito belo!
Beijo
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