No dorso das
coisas imperecíveis um frémito
Uma ligeira
agitação como se invisíveis dedos
Profanassem sua
quieta permanência...
Uma subtil
ruptura tímida que oscila
Sem ser fenda
nem passo. Ainda.
Apenas dança
A abrir-se
Em promessa
Contida.
E o palco.
Aberto. Esquivo
Nesta espera.
Sinais de fogo
Em luta corpo a
corpo
Entre a fria
noite
E o claro dia...
Manuel Veiga
14 comentários:
Tudo pode acontecer, ou não.
Maravilhoso o seu poema, Manuel.
Beijo.
Sinais de fogo
Em luta corpo a corpo
Entre a fria noite
E o claro dia...
Entre a fria noite e o claro dia paira o mistério do (in)concebível...
Sorrisos, alegria, estrelas... Que não venham do Carnaval!
Espero sempre pelo claro dia. :)
Belo retrato do momento, heretico! Gosto.
Beijinho.
Poema que se resvala no sutil mistério das palavras que ora gritam, ora murmuram... como o lusco-fusco das auroras...
Versos que me revolvem o pensar.
Beijo.
Genny
Num mundo quase de pernas para o ar, as convicções são constantemente postas à prova.
Como sempre, um grande poema.
Um abraço
Estes sinais de fogo sempre são
luminosos e raros!...
Assim, na raridade bela da tua poética!!
Da luta corpo a corpo há nodoas
que ficam para sempre apesar
dos sinais a arder nas canelas
Nas nossas de mais
Fogo, meu querido! Que poema!
Eu sei que ele tem, predominante, uma vertente bem fincada, mas eu leio-o, de outra forma. Pode ser?
Bisous.
Belíssimo!
Beijos, Herético :)
No calor da madrugada, o sabor da espera que se deseja.
Abraço fraterno
Que nunca lhe falte essa chama esse sentir.
Um beijinho
Fê
palco que é a vida
e que o fogo seja mais que fogo na luta dos corpos
beijo
;)77
Passo e os sinais de fogo, os sinais de vida, cá estão! Lugar de resistência, ao fim de tantos anos é bom encontrá-los. Mesmo que a memória seja uma escassa luz sobre uma tarde em Mafra, na apresentação de um livro de poemas da L.Q., amiga comum.
Lugar de persistência.
Obg e abraços
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