Despenha-se o
poeta no vórtice
Qual sarça onde
a palavra nasce
E reina. E arde
labareda
Feita carne. E lume.
E o olhar
rodopia.
Cascata de fogo
E água.
Agora é chama. Que
reclama.
E se evapora na
distância.
E na ausência-presença
Que se cuida. E guarda.
Poema
Que sendo
quase-nada
Se declina. E se
proclama
Sinfonia.
Manuel Veiga
15 comentários:
provavelmente o poema é quase tudo...
abraço
Quando um poema acaba em sinfonia não pode ser quase-nada, pois é tudo!
Um beijinho
Um poema encantador, chama (de fogo e do verbo chamar)
na luminosidade de Ser poema-sinfonia!...
Este poema declama a essência da poesia que preenche
os silêncios. A música se impõe para o poeta, assim
o poema nasce!
Bravo!!
A música que acompanha é belíssima numa
pura harmonia com o poema-sinfonia!...rss
Adorei, meu Amigo.
Mesmo sendo quase-nada é quanto basta para eu ficar aqui embalada pela música e pelas palavras. :)
Na verdade improvável meu irmão
Abraço
Amigo Manuel, passando para conhecer mais de seu belo blog, seus textos e poemas. Sua escrita. Estou seguindo Relógio de Pêndulo. Em breve voltarei.
Grande abraço, aproveito para agradecer, também, sua cordial visita!
Tão belo! e li-o alto, ao som da maravilhosa música de Chopin. E não sabes como ressoou no meu coração...
Um beijo, meu Amigo.
E basta uma sílaba, uma nota e nasce um poema, uma sinfonia.
Abraço fraterno poeta
Uma bela sinfonia de palavras...
Deixei que a música voasse com as palavras...
Senti a Primavera a florir em cada nota, em cada palavra...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Muito belo!! O ritmo das palavras muito bem conseguido! Poesia é tanto forma como conteúdo. E este tem um tal equilíbrio!...
um quase nada que se fez poema
sinfonia
de quase tudo
e o poeta cantou
;)
Lerdo é que não!
Piano no início
vai crescendo em emoção
nota a nota a tua sinfonia
torna-se vício
redondo: voltar a ouvi-lo
e senti-lo
a arder vermelho
É sempre assim. Em hipnose.
Abraço
E rapidamente, sem o procurar, achamos quase-tudo no poema; uma sinfonia a desejar-nos.
Forte abraço, Manuel!
Caro Manuel,
Este seu poema foi lido no InVersos.
Pode encontrar a leitura aqui:
https://invers0s.wordpress.com/2016/07/23/inversos-manuel-veiga-poema-quase-nada/
Cumprimentos,
Rui Diniz
InVersos
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