Palavras além da meta e
águas-vivas
Que o poeta se joga nos
limites
Do Nada.
Estreita fronteira
Entre a verdade sonhada
E a maçã colhida. E o
perfume dela.
E nessa azáfama
De “bicho alado” se
desbasta a sombra
E se colhe a cor em que
o poema
Se enreda.
E se
entardece.
Manuel Veiga
12 comentários:
A poesia pede passagem alheia aos zumbidos do carnaval.
Uma abração, meu caro poeta!
Toque suave, lindo
E a poesia leva-me a prados verdes.
Bela e linda poesia.
Bjinho
MV
E se enreda
E se entardece
e se enternece
e se faz poema
em cor e odor
Bom fim-de-semana.
:)
podar da sombra a palavra
dar-lhe cor e sabor
e espalhar no poema o perfume
do fruto.
Um forte abraço, Manuel
Estreita fronteira entre as palavras e os gestos...
Estreita fronteira entre a poesia e a vida...
Estreita fronteira entre a realidade e os sonhos...
"O poema se enreda.
E se entardece."
As palavras se libertam em poesia e transcendem
as fronteiras de qualquer limitação, para a beleza
pousar sonhada em realidade!...
Manuel, desde o primeiro poema seu lido por mim (no seu blog),
sinceramente (sou sempre e não sei ser de outra forma) fiquei
admirando a sua poética e agora depois de um tempo acompanhando,
vejo um crescente na sua imensa expressividade poética.
E aprecio muito e cada vez mais!
Beijo.
Suzete,
Fico grato e sensibilizado pela leitura sempre atenta e generosa que faz sobre os meus textos. E agradeço especialmente esse olhar “panorâmico” sobre a evolução da expressividade dos meus poemas.
A amiga Suzete, a talentosa Poeta que todos admiramos, sempre se coloca na perspectiva de “valorizar” com a sua leitura os textos que comenta, com generosidade, mas também com sabedoria, inteligência e sensibilidade
De tal forma que os seus comentários sempre “acrescentam” e ajudam o leitor (e tantas vezes o poeta) na “decifração” do(s) poema(s), projectando-os para espaços semânticos, apenas induzidos ou mesmo ocultos.
Para mim é um privilégio a sua presença assídua neste espaço. E sou grato pelas suas opiniões, que constituem para mim um verdadeiro estímulo.
Beijo
Um poema com cheiro a maçã e brilho de asas transparentes, como as de um libélula voando ao pôr do sol.
Enredam-nos as palavras "Entre a verdade sonhada
E a maçã colhida. E o perfume dela."
São vivas estas águas
e cativantes.
Maravilhoso poema, Manuel.
Beijo.
Olá, Manuel,
Poema é pura emoção. E tanta luz exala da alma humana, tantas são as nuances, que às vezes não cabem interferências ou interpretações além daquela de origem, e que está em voga, escrita pelo poeta. Gostei, e muito!
Quanto à ‘Valsa das Flores’ de Tchaikovsky... sempre bela, majestosa. Mas não a encontrei na coluna. Cheguei atrasada, rs.
Beijo, Manuel.
Muito sensitivo, este teu poema.
E nada estreito, o teu olhar.
Lembrei-me de Eugénio de Andrade. Acredita que é um elogio!
Bjo, Manuel :)
"Nos limites do nada" ou no fio da navalha.
O poeta corre o risco do entardecer.
Mas nunca o fez tarde montado
na brisa da palavra.
Abraço.
Cantemos, que os sonhos são feitos de palavras musicadas.
ab
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