Sorvo o vento no búzio
do tempo
Glória sem eco que me
devora...
Alinho ternura no arco
sem volta
De doce ventura...
Denso perfume que se
acende em lume
Na ilusão de arder…
Ausência rola como se
mágoa fora
Fingindo não ser...
Manuel Veiga
“POEMAS CATIVOS” – Poética
Edições – pág. 34
Maio 2014
12 comentários:
Gostei muito :))
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Do Gil António, que se encontra doente, motivo porque não vos visita. Pedimos a compreensão: Hoje:- Luz no teu quarto ...Tentação do meu olhar
.
Bjos
Resto de uma boa noite
E sorvemos com auxílio do búzio do tempo este poema que nos Devora...
Forte abraço, caro amigo!
Que bonito! A última estrofe é mesmo uma filigrana... Poeta sabe como se faz renda e filigrana com as palavras...
Beijinho.
É, a vida é feita de contrastes.
Abraço
No búzio do tempo, a ternura, o lume que queima e provoca ausência e mágoa... Tão belo, meu Amigo!
Uma boa semana.
Um beijo.
Olá, Amigo
Tudo muito volátil, neste poema. Assim, me parece.
Não consigo agarrar o rendilhado, a filigrana, no
dizer de Graça Sampaio. Tudo tão fino, refinado,
mas no fundo sei que o poeta lá está com a sua
sensiblidade a levar-nos em viagem, numa doce ventura
sem volta. :)
Abraço
Olinda
E cada poema é "denso perfume que se acende em lume
Na ilusão de arder…"
E se a vida se esvai que de ternura se enlace.
A tua poesia merece viver!
Beijinho, Manuel.
Muito bonito, Manuel!
A mágoa é o sentimento mais devastador, é a prima preferida do abandono. É mais forte do que o amor e o ódio; é a desatenção encontrada abruptamente, como um susto, uma atitude não esperada. Muito difícil de arrumar.
Beijo. Uma excelente semana!
em lume brando arde a mágoa, na
ausência de novos ventos, outros alentos...
um poema nada 'cativo', meu caro amigo Manuel.
uma boa semana, com abraço.
Nesta forma expressiva sublime:
"Alinho ternura no arco sem
volta
De doce ventura..."
O caminho do sentir poético atinge
a imensidão transfigurada do
traço da vida, que se faz eco na
beleza da poesia, pelas mãos
magnífica do humano na unificação
do poeta.
Um poema único de beleza
da profundidade humana.
Apreciei imensamente, meu amigo! !!
Bjs.
Adorei este filtro no búzio do tempo... que somos nós... também consumidos pelo próprio tempo... com as suas mágoas... não há como fugir... mas podemos viver ao máximo as venturas, e as ilusões que o tempo também nos concede...
Sempre vale a pena... tudo vale a pena! Também as mágoas... que nos dão grandes lições!
Beijinho
Ana
Sinto a erupção emotiva em cada verso, sendo cada um hino à vida, apesar do tempo estar em permanente roubo de instantes.
O teu poema é exaltação e manifesto!
A guardar, cá dentro.
Bjinho, amigo
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