Declina este silêncio a voz da tarde
Que sobre o Tejo embala caravelas.
Guindastes frios chorando primaveras
Aventuras em farrapos pelo molhe...
Cravo e canela. Era outrora miragem
Do sangue o que é hoje azul perdido.
Não era glória: era apenas o sentido
De partir sem receio de ancoragem ...
Não mais bandeiras desfraldadas na janela
Nem olhares cativos em cada espera
Do marinheiro em louros celebrado...
Ó Pátria minha, agora! Mimética altivez
Em tempo prisioneiro do deserto de Fez:
- Sonho de sonho, ora perdido, ora achado...
.............................................................
Bom fim de semana...
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28 comentários:
temos vate?
uauuuu
:))
É vate mesmo!
Tem um clima de Sá carneiro aí em seu poema, que é belíssimo! De tanto ler os blogs de seus patrícios apostaria que vc é Monaquista, Pah!
Bom fim de semana pra vc!
Bjuxxx.
(L)
gosto muito de ler poemas, tio Herético
Chuac, Chuuuuuuuuuuuuuuuuuac!!!!!!!!_________
para ti!
sonho de sonho...palavras para lá do sonho...lindo
bom fim de semana
Pois não desajeitaste um poema!
Estarias a ser modesto...
É um poema, definitivamente.
Nostálgico...
Mas poema.
Novidade, também.
[BEIJO]
Desajeitando?? Que faria de ajeitasse!!
E um soneto, deuses! É preciso muito engenho e arte. Por isso, e porque o teu soneto está cheio de ritmo e de belas imagens, as minhas homenagens sinceras.
Beijo e bom fim de semana
"Não era glória: era apenas o sentido
De partir sem receio de ancoragem ..."
Há sempre um sonho dentro de outro sonho.
Gostei do poema.Um abraço e bom fim de semana.
Belíssimo poema! Cativante.
"...era apenas o sentido de partir sem receio de ancoragem..."
Não são necessárias mais palavras. A poesia sente-se.
Bom fim-de-semana.
poeta novo ?
És?..............
bj...
Ajeitado o poema, deliciei-me a lê-lo. Muito jeitoso!
Beijinhossss
mimético o poema. entre o telúrico e o endógeno.
(afinal o para/político vira para/poético)
bom dia.
trovas de bem escrever.
Ficou muito bem ajeitadinho... :)
Um olhar que nem diria nostálgico mas talvez reflexivo sobre os caminhos desta Pátria oscilante entre o apelo da glória e da aventura e esta tristeza de "aventuras em farrapos".
Vale a pena dizer que o poema é bom? Ora, o que eu tenho é inveja de não conseguir escrever bem em registos tão diferentes... :))
Desaxeitado?? estás seguro??. Semella axeitadinho...
Beijosssss axeitados.
;)
Não sei porque acrescentaste o "des". Gostava do primeiro títuto que lhe deste, aí sim, o parentesis cabia.Des(a)fiando... porque desfiava e desafiava.
Não encontro aqui desajeitamento nenhum. Está sim bem ajeitado: bem
escrito. :))
Fantástico!
Com cravo e canela perfumou este poema o meu resto de domingo: obrigada!
Feliz semana.
O ciclo da História é impessoal e insensível. Aos seus "olhos", toda grandeza não passa de um singelo grão de areia.
Poema nostálgico, como se escrito do convés de uma nau saída da Escola de Sagres.
Abraços!
P.S.: A Biazinha aí em cima fez-lhe uma grave acusação. Quero ver como vai se entender com o Fidel e o Niemeyer.
Que grande poeta se adivinha em ti, caro amigo !
Gostei do teu poema!
Manda-nos mais!
Abração
E que jeito para ajeitar!
Beijinhos*
muito bonito :)
uma espécie de
verde
melancolia...
beijO
Olivier Pickwick,
a Biazinha tem razão. como tu sabes (e a menina pode aprender) Fidel e Niemeyer são dois "Princípes da Renascença".
por isso...
abraços.
(Des)encontros teus com nossa História. Em versos celebrados...
:)
Muito bom!
Muito bem escrito e cheio de intencionalidade e de verdade.
Um abraço
Ó estouvada mão
que para um poema súbito saltaste!
Não te vou dizendo, maganão,
que se a prosa corre em ti, em poema tu voaste?...
;-)
Abraço.
eu já conhecia a tua veia poética;
dela, uma pérola brilha hoje lá na minha casota (nem tu te devias lembrar; contudo, eu guardei-a religiosamente)
Obrigada e uma beijoca
Muito belo, nesse (des)encanto que deste (outro) modo nos ofereces.
agradeço as palavras que me deixaste mas para mim este é bem mais difícil.
abraço
A nostalgia nas palavras... Prá mim uma marca da verdadeira poesia dos portugueses. É um belíssimo soneto! Sabe a mar, ventos e caravelas...
Um abraço.
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