Magnânimo o freixo e sua sombra
E os braços erguidos, em oração muda.
Magnânima a margem das ribeiras
E as cascatas no silêncio das montanhas.
Magnânimas as pontes que não deslassam
E as pedras que ficam pelos caminhos.
Magnânimo o toque das igrejas e os altares
No olhar compassivo dos incréus.
Magnânimo o voo das aves e a vertigem
E todos os prenúncios extraídos das entranhas
Magnânima a Lua e as noites de Agosto
E a bebedeira dos sentidos assim expostos
Magnânimo o ar que respiramos e o pão
Dos pobres. E a sede de todos os proscritos.
Magnânimas as almas piedosas e o gesto pio
Na forca dos condenados.
Magnânimo o dia de ontem e a gravidez do tempo
No coração dos homens.
Magnânimo o final da tarde e piar do mocho
E rouco cântico do poeta em sua humanidade.
Manuel Veiga
7 comentários:
Magnânimas todas as Coisas criadas. E este belo Poema que nos dá conta da Felicidade de
vermos e sentirmos a magnanimidade do Universo.
Uma sublime inspiração, meu amigo Manuel Veiga.
Abraço
Olinda
Boa tarde. Independentemente da sua publicação poética que classifico de sublime, passo a fim de deixar expressos os meus votos:
.
“” De uma Feliz e Santa Páscoa, extensivos à sua família e amizades.““
.
Faz-me tempo...
O que diz o poema e o que diz Olinda se completam para tão magnânimo poema.
Um abraço,
Uma doce e Feliz Páscoa, querido amigo,
muita paz, saúde e alegria nesse dia.
Um beijo, meu amigo.
Leia-se Faz tempo
"nego-me ä dança dos ditadores..."
louvo a lucidez do sonho de Liberdade... Viva 25 de abril !
O meu abraço mVeiga
Magnânimo, este poema.
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