Persiste o azul como se tela fosse.
Vulcão em transe de soltar-se. E o vermelho
Apenas indício. Ou ténue labareda
Em asas de cetim…
Sopram os olhos brasa. Também azuis.
Como se a hora do voo fosse de espera
E a borboleta apenas o corpo da brisa.
Que de tão suave queima e queimando
Se arrisca no canto fugidio da chama ...
Flores de lume nos traços do rosto
De azul vestido. Como farrapos de céu
Que em dor se abrem e em desejo
Se cumprem sobre as plumas caprichosas
Do voo no esplendor dos dias…
E deste lado o fio de ariane. Apenas.
E a seda dos laços em que cativo me solto.
E me rendo. E me comovo no azul
Dos coloridos traços...
sábado, julho 24, 2010
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11 comentários:
Palavras fortes...
Outras ternas...
...todas e sempre a sugerirem desenvolvimentos de poema!
O azul e todas as suas nuances
e conotações.
Bonito poema!
Um abraço
Muito bonito. Cada vez melhor, é o que te digo...
Beijos.
Adorei, quanto mais não fosse porque o azul é a minha cor amada de paixão, rrss
Bom domingo.
O "azul" comove!
Bjos
O "azul" comove!
Bjos
gosto muito muito do verso "sopram os olhos brasa". acho que é esse olhar que está mais perto do amor :) um grande beijinho, heretico.
Como sabe bem encontrar este azul por aqui, onde tudo acontece e nos perdemos!
Depois há sempre o fio para nos ajudar a sair do labirinto.
Assim seja.
Um abraço, poeta.
...e o vermelho apenas indício de uma esperança uma esperança levada em asa...
...que de ariane não se soube desenrolar o fio e o caminho não foi encontrado...
Ernesto, o avô
Neste tempo de mornas férias, pela poesia é que (ainda) vamos...
Um abraço.
... mas que belo poema em volta do azul de sonhos meus! E enfeitado de entrelaçadas palavras, em versos soltos!
Adoro o teu jeito de poeta! Como sempre!
Um beijo,
(regresso do norte, curta pausa, campo e mar, no país que temos e que tantas vezes esquecemos!! Silêncio, natureza, brisas quentes, leituras soltas,
descanso)
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