Stephane Hessel nasceu em Berlim a 20 de Outubro de 1917. Apesar de ter nascido na Alemanha, Stephane Hessel obteve a nacionalidade francesa em 1937. Combatente da resistência, foi prisioneiro de guerra num campo de concentração nazi, do qual se evadiu.
É diplomata, embaixador de França e foi agente do Bureau Central de Renseignements et d'Action (o serviço de inteligência francês). Trabalhou com De Gaulle na resistência e no após da guerra, sendo, porém, Pierre Mendès France e seu governo de “unidade de esquerda” o político que mais admira.
Em 1948, participou na elaboração da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Publicou, recentemente, uma pequena brochura com o impressivo título “Indignez, Vous!” e que constitui um libelo acusatório ao actual “estado das coisas” em França, na Europa e no Mundo.
Apela Stefane Hessel aos cidadãos, sobretudo os jovens, para que expressem a sua indignação contra as ameaças presentes de retrocesso social e as desigualdades que afectam hoje a humanidade e o Mundo e que, em sua perspectiva, justificam uma verdadeira insurreição, pacifica embora.
Apela Stefane Hessel aos cidadãos, sobretudo os jovens, para que expressem a sua indignação contra as ameaças presentes de retrocesso social e as desigualdades que afectam hoje a humanidade e o Mundo e que, em sua perspectiva, justificam uma verdadeira insurreição, pacifica embora.
Não consta que o livrinho, um verdadeiro best seller em França, tenha sido publicado em Portugal, nem sequer merecido, tanto quanto se sabe, a mais leve referência pelo mainstream cultural, certamente, mais empenhados, uns e outros, em temas mais light.
12 comentários:
Preferem a Margarida Rebelo Pinto e os livros da Palin.
Abraço
Oui, Je suis trés indigné.
Amitiés
«J'accuse!», noutro tom, por outras motivações...
Actual e pertinente este post...
Uma história e ser lida por alguns e relida por outros. Um abraço grande e um excelente ano!
Chris
Há situações que não se entende
Saudações amigas e bom ano
Há uns anos, penduramos a memória e a inteligência numa árvore da natal que nunca chegamos a desmontar... E passa mais um dia de reis sem que o tenhamos feito...
Somos um povo que já se não indigna ... tristemente.
Melhores dias virão, espero.
Fraterno abraço
Mel
Querido Amigo
Temos o dever de nos indignar. Não apenas pacificamente mas activamente.
Nos últimos 10 anos o número de pessoas em carência extrema subiu a um ritmo de 3 milhões/ano.
Os 500 mais ricos do mundo consomem recursos equivalentes aos de 46 milhões dos mais pobres.
Em Portugal mais de 1 milhão de idosos vive com menos de 300 euros. Somos o 2º. País da Europa (Letónia é o 1º.) com maiores desigualdades sociais.
Em tempo de crise e de desemprego em 2010 subiram em Portugal as aquisições de carro de luxo.
Bem, vou parar por aqui porque caso contrário não páro.
Voltei à blogosfera para gerir o meu Silêncio Culpado colectivamente tal como estou a fazer com a Página Comunitária O CHÃO E A VIDA.
Voltei para me indignar e para reunir indignações.
Abraço apertado e saudoso.
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. é o que [não] temos .
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. neste país onde a praça da ribeira é por ora em S. Bento .
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. beijo meu . sempre .
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O povo português gosta de refilar com os amigos. Mas agir... não é com ele.
Um povo que se ajudou a comer, a sofrer e a não fazer nada.
Se o futuro de Portugal é preto, o da Europa é cinzento escuro mas quase todos continuam a confiar nela.
Adorava ler esse livro.
beijos
É o "J ´accuse" actual. Quanto à mediocridade intelectual portuguesa, enfim...
Beijo
Acho impressionante o "impressivo". Tirando esse pormenor, o panfleto exmplar de Stéphane Hessel é de louvar.
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