No sopro de meus dedos todas as glórias
(Que nestas letras se misturam deuses e criaturas)
Barro que tem reflexo de alturas
Onde germina o Corpo, o Tempo e o Modo.
Infinito-Presente que de tão breve é já Futuro...
Nada de novo no horizonte da palavra que respiro
Pois nada de mim se arrasta neste parto.
Sou além de mim – sou queda e brado! -
Partitura louca (que por capricho ou ledo engano)
Na música se esvai correndo como o pano
Que aberto se fecha sobre palco festivo...
Promessa mil vezes adiada.
Não me lamentem porém os que de mim colhem
A flor de meus desejos.
Que no bosque esperançoso (em que incauto teimo)
Sois vereda e água – e a palavra sussurrada.
Ou o vento. Em cópula de Outono sobre as árvores...
14 comentários:
Como me incluo, com orgulho e prazer, no teu cículo de amizades internéticas te abraço com gratidão por tão estupendo poema!
Que sempre em floração
te partilhes
a rasgar caminhos
Abraço
Grande o seu poema, Herético.
Como um hino ao que de melhor a vida encerra: partilha, amizade.
Que a esperança o conduza e a palavra o glorifique, pois.
Bem-haja.
Fraterno abraço
Mel
Lamentar-te!? Nunca!
Felicitar-te e agradecer-te!
Abraço
Se puder escolher sou água. Deixas?
Beijos, beijos.
Serei vereda e água – mas não a palavra sussurrada
antes grita-la-ei
não como um lamento
mas no mesmo tom do vento.
Em cópula sobre as árvores...
 cadência das palavras e do texto tornam este poema num eterno "Infinito-Presente". Obrigada.
Muito expressivo.
Abraço
Querido poeta,
Teu verso tem a profundeza que habita a alma, por isso entendo o quanto és a "queda" e o "brado"...grito que cai no abismo do ser.
Belo poema...mais que belo...para o curso e o fluxo do pensamento em nós.
Beijo,
Genny
Também gosto de ser vento...
Beijos*
... pois, como sempre, este é o teu lado que me encanta, 'Herético'!
Poeticamente divina esta tua inspiração!
Pela pequenina parte que me toca, o meu sincero abraço!
Bom Ano!
no sopro dos meus dedos todas as glórias
nos fios dos meus cabelos todas os trilhos
na cor dos meus olhos toda a esperança
no meu caminhar toda a agilidade
no meu coração todos os sentires
e nas minhas palavras, todas as manhãs que anseio em paz
uma boa semana
um beij
uma homengam sentida e bela
beijo
Cáspite! Um poema, poeta!
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