No outro lado do poema onde a luz
Colapsa de tão negra e a palavra brota como lume no seixo
E o nada se faz fogo
Inscrevo a voluptuosidade dos nomes
E a perenidade das coisas.
E na obscura luminosidade da pedra
No estilete de bronze que os deuses em seu desenfado
Por vezes emprestam aos mortais
Reinvento a tatuagem dos dias e me resguardo
Da fútil exposição de alegrias e enganos...
E me soletro em bebedeira de sentidos
Calando gestos parcos que sejam
E me partilho no poema-outro
Que vem de fora
E de tão íntimo
Se mistura no sangue cúmplice…
21 comentários:
Um abraço nosso
não é um abraço
é uma transfusão de sangue
Abraço amigo
"Reinvento a tatuagem dos dias e me resguardo
Da fútil exposição de alegrias e enganos..."
Pois! (dito em poema).
A tatuagem dos dias por vezes é feita a negro.
Fica bem.
Belo
Saudações amigas
"E me soletro em bebedeira de sentidos
Calando gestos parcos que sejam
E me partilho no poema-outro
Que vem de fora
E de tão íntimo
Se mistura no sangue cúmplice…"
Apenas transcrevo como a soletrar para melhor incrustar.
"No outro lado do poema onde a luz
Colapsa de tão negra e a palavra brota como lume no seixo"
Um poema muito belo onde a noite é esse outro modo de luz transfigurada...
Um beijo, amigo.
Belissimo.
Do outro lado do poema reinventas as palavras e redescobres os sentidos.
Abraços
Um grande poema!
Abraço
Olá, meu caro!
Gostei muito deste poema.
Gosto das coisas profundas e sérias!
Forte abraço
Resguardado no outro lado do poema, o poeta reinventa o dia. Belíssimo, meu Amigo. Um beijo.
Belíssimo...
beijos*
No outro lado deste poema reconheço a inevitabilidade da alma.
Grato abraço e a minha imensa admiração!
Voce diz coisas complicadas de forma bonita!
a palavra sempre lhe brota "como lume no seixo"
continuo me resguardando de tudo e de nada e que nao seja perene!
Partilho do poema-outro citando uma frase cunhada por aí
" ao final do jogo rei e peão são guardados na mesma caixa"
"... alegrias e enganos " ?
abraços herético saudades de voce!
... mas que posso acrescentar?!
Desse teu lado, há muita sensibilidade e uma bela arte de poetar! Brotam-te as palavras sem que se note qualquer constrangimento.
Lindo domingo! Toda a Naureza se espreguiça ao doce calor...
Beijo
Há sempre dois poemas nas palavras. O de quem as escreve e o de quem as lê...
Excelente poema, caro amigo. Nunca fazes por menos, aliás.
Boa semana, abraço.
Do outro lado do poema, leio-o sempre com a mais sincera admiração.
Fraterno abraço
Mel
gostei muitíssimo, heretico. um grande beijinho.
Uma beleza esta tua bebedeira de palavras e sentidos que me transmites.
Obrigada.
Um beijo
Quando o homeme vê apenas o que o facho na treva não ilumina, dá nisto... e sai poema. E sai poeta.
E disse-o o José Gomes, nem fui eu...
no outro lado do poema
há sempre um poeta
e aqui há um senhor Poeta
beij
Visceralmente poético...Que essas raízes fortes te conservem, meu caro.
abraço,
Véu de Maya
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