Do rosto ao traço a mão inquieta
Rumor de palavra liberta em murmúrio de luz.
Treva magoada. Ainda …
Subtis formas. Desvairadas. Danças multicores
Insinuando-se em corpo vago sob os dedos
Imprecisos no interior do sopro alvoroçado…
Tudo se conjuga embora – linhas e cores!
E o olhar de fera! E as imprevisíveis asas:
- Anjo da História!
O poeta tão por dentro é apenas testemunha.
O drama está além - na orla de nada!
Entre o ferventar de mosto e o chamamento de água
Granítico ainda. E inquieto lume …
Talvez nas fissuras da pedra se erga a face dos homens.
E a flor dos lábios. E os braços líquidos. Generosos.
E os punhos. E rio de cores em que me afundo.
E o poema se faça absoluta claridade.
E os tempos Hora!
17 comentários:
E o poema se faça absoluta claridade.
E o sol liberte seus raios
brilhando na espada
E os tempos Hora,
Já! Agora!
e
a hora que
se
demora
mas que ficará na história
mais um bom poema!
um beij
A poesia impõe-se leitura obrigatória de um povo "levantado do chão", lembrando Saramago.
Excelente.
Fraterno abraço
Mel
Que sejam sempre agradáveis e frecas as cores desse rio onde te afundas, para que a tua poesia assim nos lave alma.
Beijos.
Que se ergam os punhos
no poema
Abraço
Belíssimo!!!!
Que se faça a Hora!
Beijos
Um poema único e belo com um final soberbo! Daqueles que eu gostaria de ter escrito.
Belíssimo poema (embora o olhar de fera já tenha sido)!
Abraço
.. como poetas 'valerosamente' em momentos difíceis...
Lindo!
Um beijo
(sem punho erguido)
Talvez a esperança nos seja ainda a única saída.
Para mim, uma perfeita construção poética.
Um abraço
Querido,
Da face erguida dos homens por entre as fissuras das pedras, em que se mostre braços e punhos na causa honrosa da História, o poeta é sempre testemunha, voz que ilumina o poema claro em tempos Hora...de agora e sempre.
Poema belo e de necessária reflexão.
Beijo,
Genny
herético
que os poemas sejam claros como aquelas manhãs de sonho , a espuma dos champanhes ,a fantasia , o riso franco , os dias felizes.
e que haja tempo
a hora é Agora.
Gosto muito da sua História ,
e dos rumores que chegam do lado de cá rs
nem precisava tanta água ... rs
abraços meu poeta
Sublime e marcante...Poeta. Que a Hora traga esperanças renovadas.pq isso é urgente.
Abraços,
Véu de Maya
Belíssimo!
Que o poema feito rio, rompa as margens do tempo. está na hora!
Abraço
Talvez a face dos homens na pedra, sim, porque os humanos a perdem.
E que o poema teça a claridade.
Um belo poema, gostei de ler-te.
Um abraço
Um belo sabor a clássico,
neste poema!
Um forte abraço
«... O poeta tão por dentro é apenas testemunha...»
Ah, mas como ele se desunha...!
;-)»
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