Declina este silêncio a voz da tarde
Que sobre o Tejo embala caravelas.
Guindastes frios chorando primaveras
Aventuras em farrapos pelo molhe...
Cravo e canela. Era outrora miragem
Do sangue o que hoje é azul perdido.
Não era glória: era apenas o sentido
De partir sem receio da ancoragem...
Não mais flores ou colchas na janela
Nem olhares cativos em cada espera
Nem fulvo marinheiro, celebrado...
Ó Pátria minha, agora! Mimética altivez
Tempo prisioneiro do deserto de Fez
Sonho de sonho: ora perdido, ora achado...
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Uns breves dias ausente de vosso convívio...
Julgo que o poeminha que vos deixo é uma reposição.
Peço desculpa por isso!
12 comentários:
Há reposições que valem sempre a pena, como é o caso.
Boas férias!
Abraço
Uma reposição em tudo pertinente. Esta melancolia faz todo o sentido por estes dias. Mas a esperança há-de voltar a atravessar os poemas.
Da qualidade literária... inconfundível, como sempre.
Um abraço
Brilhante***** E faz todo o sentido a reposição. Diverte-te.
abraços,
Véu de Maya
Que todas as reposiçoes sejam sempre deste calibre!
Onde foi o país que me fez mulher?
Bem-haja, Heretico.
Santa Páscoa
reposição válida.
actual e sempre de qualidade,
boas páscoas e fica um
beij
Um poema fantástico, a dar sentido
ao nosso sentir. Boas férias.
Um beijo.
Boas férias.
Abraço
Céu de sonho sonhado por onde te declinas. Bem. Grito de patriota no mais puro sentido.
Abçs
Há reposições eternas.
Boas férias.
Um Beijo
Abraço sempre
Nada a desculpar heretico
nós repetimos os poetas todos os dias colando-os, citando-os , amando-os toda repetição é ritmo e é como batida de coraçao tem que repetir rs senão morre.
Adorei o Sonho ...
não demore tanto , fique bem e juízo
abraço
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