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Dessa leira que cavais
Do esforço que pedis às vértebras
Ou aos músculos em estilhaços
Que seara estranha preparais
Que Senhor é esse de quem encheis a granja?
Quereis mostrar
Que até na tumba nada garante o sono prometido
Que o signo fúnebre é língua de impostura e nada mais
Que o nada nos mente
Que a morte nos engana
Que a jorna que nos espera é cavar à pá
Uma terra adversa
Com estes pés nus sangrando?”
Charles
Baudelaire – in “As Flores do Mal”
Edição Relógio d´Água
1 comentário:
Saudações amigas, bom poema
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