Mar de sombras e
inesperadas claridades
Nesse ínfimo átomo
convexo onde a luz
Colapsa e de tão
breve
Explode...
E a noite se
ilumina em metamorfose de cinzas...
Nessa desértica
alvura onde os ventos se soltam em fúria
E germina o
latir dos sons. Bárbaros ainda.
Na gesta inaugural da Palavra a arder na boca
Na gesta inaugural da Palavra a arder na boca
Em labareda. Como
sarça.
Rítmica.
E na dança
hermética das caligrafias. E na decifração dos dias.
Impressivos. Como
voo da flecha em sua presa.
Aí nesta ara do
tempo consumado. E no impoluto sangue
Das vítimas. Ergo
o veneno e a taça. E bebo o fel.
E solto o grito.
Como fecundo parto
De ervas tímidas.
Ou o pulsar
Dos punhos.
Ou o eco das horas.
E das pétalas...
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Peço desculpa pela minha falta de assuidade aos vossos blogs. Em breve, porém, regressarei ao ritmo habitual...
Beijos e Abraços!
11 comentários:
Dos punhos e das pétalas.
É a hora!
Abraço
Gostei muito!
Muito discreto, com classe, diria mesmo: apenas para inteligentes!
O teu poema paga
a tua ausência
Escreve...
Penso que toda a gente decente está bebendo amargo fel, meu amigo!
Fica bem.
o heretico
"O mundo está cheio de gritos
_como represar este rio transbordante que vai submergir as cidades ??"
seu poema me deu essa sensação que li há pouco num livro,
Te dou todas as honras porque tu és um poeta, quase exilado ..."como a palavra a arder na boca..."
Lindo !
_ que o eco resgate as pétalas.
Parabéns kirido
bom final de semana
Abraço forte!
Saudades de ler poesia, textos etc.
Motivos inerentes à saúde levaram- me a ocultar os comentários.
Peço desculpa.
Abraço amigo.
Maria
dos punhos fechados
e das palavras
caladas...
Boa semana.
Um beijo.
;)
sublime e profundo como é teu timbre quando poetizas...Cuida-te na saúde, mas volta logo que possas...Forte abraço, meu caro,
Véu de Maya
ansiedades da revolta...
Mais um belíssimo poema.
Gostei muito.
Um abraço
PS - não te apoquentes com as visitas, tens de aparecer é aqui, marcar presença e dar prazer a quem te lê
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