Uma proposta de
Directiva da União Europeia relativa aos contractos públicos, em apreciação no
Parlamento Europeu, constitui um capcioso artifício para nova investida contra o chamado “modelo social europeu” e a consequente regressão democrática
e social.
A explícita intenção de
liberalizar e privatizar a segurança social pública vem escondida no Anexo XVI
da proposta de directiva em referência, que faz a listagem dos serviços
públicos que passam a ser sujeitos às regras da concorrência e dos mercados e
de cuja listagem constam:
- Serviços de saúde e
serviços sociais
- Serviços
administrativos nas áreas da educação, da saúde e da cultura
- Serviços relacionados
com a segurança social obrigatória
- Serviços relacionados
com as prestações sociais
Preto no branco temos,
portanto, a imposição vinculativa, em forma de Directiva Comunitária, que o
direito interno Estados comunitários irá obrigatoriamente a absorver, a
privatização da segurança social pública, a par dos serviços de saúde e outros
serviços sociais assegurados pelo Estado.
Um propósito antigo e
alvo apetecido do capital financeiro em Portugal e no espaço europeu, que agora
entrou em processo legislativo, por impulso da Comissão Europeia e a
presidência de Durão Barroso.
Numa vergonhosa
golpaça, lembrando velhos tempos do MRPP, escondida num anexo de uma directiva
comunitária sobre contratação pública qur, a ser aprovada no Parlamento Europeu, deixará escancarada a porta
para a privatização da segurança social pública e outros serviços públicos do
denominado Estado Social.
Com total cobertura
jurídica da legislação comunitária...
O golpe – insiste-se - surge,
sob o alto patrocínio de Durão Barroso que, como sabemos, além de se ter
pisgado do governo português com a casa a arder, tem no seu glorioso currículo
o papel de mordomo das Lajes na guerra do Iraque e, agora em Bruxelas, faz de tabelião
e promotor dos poderosos interesses financeiros, que sufocam os povos europeus.~
Entretanto, cá pelo
burgo, para antecipar méritos e apresentar serviço, afincadamente, se procura a
“refundação do Estado”...
Como é bom ter um português em Bruxelas!...
9 comentários:
Principalmente quando nos foi dito que um dos motivos que o levou a abandonar o cargo de Primeiro-Ministro, que o próprio acha que desempenhou muito bem, era defender os interesses do país!
Pois só temos o que merecemos, penas seja que estas políticas obscenas não atijam só quem votou neste em crituras semelhantes!
Bom final de semana
triste país, este, que se vende por "tuta e meia" aos designios mercantilistas destas pseudo-elites...
a coberto da legsilação comunitária, sem dúvida. à custa da fome que graça, sem dó, sem piedade, transversal a todos nós, novos e menos novos. crianças, inclusivé; o estado social, verdadeiramente posto em causa. o futuro hipotecado, para as gerações vindouras!!!
excelente post. obrigada, sempre
Mel
Um português em Bruxelas com uma sinecura vitalícia superior a 20 salários mínimos nacionais, sem qualquer contribuição para o efeito!
Abraço
saíu cobarde
vive a soldo
e o país sangra
A visão que tenho do País é de um peixe fora de água, abrindo a boca na agonia da morte.
Beijo
Laura
Não te esqueças que o homem começou no "delito comum" quando tentou roubar a mobília da Faculdade de Direito, para equipara a sede do mrpp.
É mais um caso de delinquência contumaz, agora internacionalizada.
Abraço
que jeito deu este mordomo à UE ...
eu não sei não.
tou fora!
bom domingo
beijo
Com o belo currículo que detém, todo se aperaltou para ir receber o prémio Nobel... não é um português qualquer!
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