Para o Poeta Eufrázio Filipe,
meu irmão e meu amigo
Sobreviventes da
demanda, somos restos
Que as marés
deixam nas margens
Ou teimam à
superfície das ondas
Antes que as
crianças ou o capricho dos dias
Nos devolvam à
água – matriz de tudo –
E os titãs
ganhem forma nas profundidades
Antes da
conquista das montanhas...
E as algas se
enredem no cabelo das ninfas...
Aprendemos a
“respirar por guelras” :
Diz o Poeta –
meu irmão e meu amigo –
Como se a
sobrevivência fora cântico no interior dos búzios
E a distância abismo
do sonho
Antes de
deflagrar no furor dos punhos...
E as aves
desgrenhadas repletas de utopias rubras...
Azul é este
poema, que se afoita ao destino da hora
Macerado de
cansaços e andarilho ainda
Das sete
partidas anunciadas e que efabulamos
Em noites de lua
cheia e nos lances da memória...
Mordemos a vida
escassa, enfim!...
– Essa nossa
fome!...
11 comentários:
Abraços para vós ambos, Poetas Amigos!
Eufrázio. Nosso Amigo e nosso Irmão.
Tu enquanto poeta e eu enquanto leitor e admirador da vossa poesia.
Um belo poema.
Um abraço
Um forte abraço para ambos!
Nem o mar sabia entardecer
numa folha de papel
responder a tanto azul
mas nós chegávamos
nunca mais acabávamos de chegar
a tempo de plantar uma árvore
Abraço fraterno
Um encanto. Metáforas brilhantes! Deliciei-me.
Bela homenagem ao Eufrazio!
Beijos para os dois
Tão bonito!
Tão bonitas também as palavras do Eufrázio!
Beijos aos dois.
Que se alargue o poema a quem venha
Também olhar as aves desgrenhadas repletas de utopias raras
Quero ser irmão dos meus irmãos!
Lindo.
Saudades de vir aqui...
Bjo*
Um belo e forte poema - mais um!
Em cânticos soprados no escutar dos búzios, haveis de ganhar as
montanhas!
Um abraço
um poema intenso e muito belo.
parabéns aos dois manos Poetas.
beijo
para os dois, que tambem sabem desenhar desejos e sentimentos com as palavras...
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